São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros "Cortina de Fumaça" defende a descriminalização da maconha Documentário de Rodrigo Mac Niven estreia em uma sala de SP LÚCIA VALENTIM RODRIGUES DE SÃO PAULO Sem ser militante, o cineasta Rodrigo Mac Niven fez um filme em defesa da descriminalização da maconha. "Cortina de Fumaça" custou R$ 70 mil e abarca 34 entrevistas, de sociólogos a delegados, de médicos a usuários, falando de diversos usos e controvérsias da planta. "Meu critério foi a credibilidade. Não queria colocar um médico falando de segurança ou um político falando de medicina", diz o diretor. O documentário estreou no Festival do Rio de 2010. "Após um ano do lançamento, resolvi que era hora de o filme cumprir sua missão e entrar em cartaz, mesmo que fosse de forma independente." As sessões acontecem em apenas uma sala em São Paulo. "Mas acredito na transformação vinda de baixo." Mac Niven escolheu mostrar apenas parte do debate. "O lado da proibição e do combate está abordado nos jornais. Minha ideia era chacoalhar a cabeça da plateia com visões diferentes." O filme viaja para feiras internacionais dedicadas a derivados de cannabis. "Preciso entender coisas espinhosas, como as drogas. O meu processo de compreensão é o que transformo em filme." Para tanto, ouve gente como o ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso, o ex-chefe do Estado-Geral Maior do Rio de Janeiro Jorge da Silva, entre outros. Ele ressalta que não quis fazer uma apologia às drogas e que a palavra legalização nunca é dita no filme. "Nem gosto de usar liberação, porque isso é o que há hoje: o traficante mistura o que quer, cobra o quanto quer e faz o que quer. Regulamentar é o contrário, é controlar." Agora Mac Niven faz um livro com as entrevistas de "Cortina de Fumaça" e prepara um documentário sobre armas para o Canal Futura. Também pesquisa sobre corrupção e a questão manicomial. "Novamente não vou esperar por apoio para fazer meu próximo filme." CORTINA DE FUMAÇA PRODUÇÃO Brasil, 2010 DIREÇÃO Rodrigo Mac Niven QUANDO domingo, às 20h; de 20 a 23, às 19h; 24, às 17h; de 27 a 30, às 21h, no Matilha Cultural QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO 16 anos Texto Anterior: Crítica/Musical: Na telona, 'Glee' vira templo de redenção dos nerds Próximo Texto: Crítica/Ação: "Conan" mostra sangueira sem fim e sem originalidade Índice | Comunicar Erros

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