São Paulo, sexta, 16 de outubro de 1998

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Schneider promete som denso com improviso

CARLOS CALADO
especial para a Folha

Primeira atração do Free Jazz paulista, no palco New Directions, o quinteto do pianista-revelação Marc Cary promete fazer a platéia até dançar, com composições jazzísticas que injetam no veio rítmico do bebop influências africanas, cubanas e brasileiras.
Na sequência do programa, a Maria Schneider Jazz Orchestra exibe as originais e densas composições da arranjadora e regente norte-americana -considerada a grande novidade do jazz orquestral nesta década.
Solistas de talento, como o trombonista Rock Ciccarone e os saxofonistas Rick Margitza e Rich Perry, garantem a alta temperatura dos improvisos. O repertório da "big band" também deve incluir alguma homenagem ao maestro e arranjador canadense Gil Evans (1912-1988), influência maior na música de Schneider.
Já na sala Club, além da paulista Banda Mantiqueira (leia texto abaixo), o programa destaca o sax tenor de Johnny Griffin, 70, lendário jazzista de Chicago, que vive na Europa desde os anos 60.
Um dos últimos remanescentes da primeira geração do bebop, Griffin segue bastante fiel ao estilo gerado nos anos 40, tanto em composições próprias, como nas recriações de velhos "standards".
Especialista em baladas, sempre tratadas com sofisticação e dramaticidade, Griffin vem acompanhado por seu quarteto, que destaca Michael Weiss (piano) e John Webber (contrabaixo).



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