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Schneider promete som denso com improviso
CARLOS CALADO
especial para a Folha
Primeira atração do Free Jazz
paulista, no palco New Directions,
o quinteto do pianista-revelação
Marc Cary promete fazer a platéia
até dançar, com composições jazzísticas que injetam no veio rítmico do bebop influências africanas,
cubanas e brasileiras.
Na sequência do programa, a
Maria Schneider Jazz Orchestra
exibe as originais e densas composições da arranjadora e regente
norte-americana -considerada a
grande novidade do jazz orquestral nesta década.
Solistas de talento, como o trombonista Rock Ciccarone e os saxofonistas Rick Margitza e Rich
Perry, garantem a alta temperatura
dos improvisos. O repertório da
"big band" também deve incluir
alguma homenagem ao maestro e
arranjador canadense Gil Evans
(1912-1988), influência maior na
música de Schneider.
Já na sala Club, além da paulista
Banda Mantiqueira (leia texto
abaixo), o programa destaca o sax
tenor de Johnny Griffin, 70, lendário jazzista de Chicago, que vive na
Europa desde os anos 60.
Um dos últimos remanescentes
da primeira geração do bebop,
Griffin segue bastante fiel ao estilo
gerado nos anos 40, tanto em composições próprias, como nas recriações de velhos "standards".
Especialista em baladas, sempre
tratadas com sofisticação e dramaticidade, Griffin vem acompanhado por seu quarteto, que destaca
Michael Weiss (piano) e John
Webber (contrabaixo).
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