|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Desfiles têm poesia e diversão
da enviada a Paris
Moda também tem diversão e
poesia, aqui providenciadas pelo
francês Thierry Mugler (a primeira) e do japonês Issey Miyake.
Na Escola Nacional de Belas Artes, Miyake coloca seus artesãos
para cortar uma grande peça de
uma grossa malha de lã que cobre a
passarela, para surpreender a todos com as modelos vestindo as
roupas cortadas nesse início.
O cenário traz estruturas que, da
mesma forma, mexem-se ao deslocamento de ar provocado pelo andar das modelos. Björk canta na
trilha, para que o final mostre modelos vestindo uma única peça do
mesmo tecido do início do desfile,
agora em vermelho, terminando
com... Alek Wek, aplaudidíssima.
Do outro lado, na noite de anteontem, Mugler demonstra sua
sabedoria diante de uma mulher
glamourosa, sexy e feminina.
Hollywoodiana, ela usa chapéus
gigantes ou cabelos altíssimos, plataformas poderosas, cílios jumbo e
toucas de vinil. No segmento rica-sai-de-férias, um macacão tomara-que-caia com pernas que saem
por dentro das calças ou a capa esvoaçante florida com minivestido
azul; no jeans, vestido-corselete
aplicado de paetês.
O imaginário feminino de Mugler é fascinante e colorido, trazendo pura diversão fashion no final
de vestidos coloridos de organza,
em camadas e camadas, em cores
como o verde-menta, amarelo,
fúcsia, para terminar no sensacional vestido de debutante branco
com flores coloridas e chapéu, usado pela nova top Audrey Marni.
Ela desfilava ao som de uma voz
ao microfone que gritava "feliz
aniversário, Audrey", enquanto
ela rodava na frente dos fotógrafos. Isso também, ainda bem, é um
momento fashion.
(EP)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|