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Martine Sitbon não surpreende
da enviada a Paris
Sem grandes revoluções, Martine Sitbon fez Sitbon e Ann Demeulemeester fez Demeulemeester. As
duas lançadoras de tendências realizaram desfiles igualmente concorridos, onde se praticam seus estilos pessoais e atitude é tudo. Cool
é a palavra; rock é a outra.
A belga Ann Demeulemeester remixou sua eterna inspiração na
cantora Patti Smith para as modelos de sobrancelha grossa e cabelos
presos por linhas invisíveis no pescoço, presos nas camisas.
Só que as pattis da estilista ganham viés naturalista, onde branco e cru, algodão e linho se alternam e se completam, amassados
ou não. As formas são embrulhadas, drapeadas e sobrepostas; a silhueta é tão solta que é até largada.
Shalom Harlow tira o fôlego com
um vestido de alcinhas em tule
preto sob fino algodão.
Martine Sitbon brincou com
geometria nas estampas e no silk
sobre jérsei com jaquetas de couro
lilás sobre calças de casimira. Sem
maiores surpresas. O estilo relava
num futurismo cool, com cabelos
penteados sobre o rosto, lisos, neste que já pode ser chamado de "o
ano em que fizemos escova".
Gisele abre o segmento vermelho
em regata fechada com silicone; a
ruiva Sunniva levantava o pescoço
na gola alta de sua blusa de camurça; Erin era a mais geométrica,
com cinto grosso e vestido de manga comprida justo ao corpo.
Ainda dentro do segmento moderno, a também belga Veronique
Branquinho atraiu a atenção dos
fashionistas, mas não mostrou
grande coisa numa coleção cinza e
preta onde governantas vitorianas
de camisas brancas de babado pareciam adolescentes problemáticas e sonâmbulas, de tanta atitude.
(EP)
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