da enviada a Paris

O brasileiro Ocimar Versolato desce à Terra em sua coleção de primavera-verão. Apresenta-se numa sala pequena e despojada, reforça sua linha para o dia, faz biquínis e desfila até com sandálias havaianas, bem distante da intrincada imagem das deusas das festas que agora o estilista pode deixar para sua coleção de alta-costura.
Nessa tentativa de despojamento, ficam mais simples as linhas de Versolato, que alcança bons momentos nos looks geométricos em couro do início do desfile, em que linhas brancas ornam os joviais cabelos soltos. Tops frente-única têm fios que amarram o resto da coleção, com outro bom momento na estrutura do corselete brilhante.
Jaquetas em tafetá stretch lilás completam as novas linhas do estilista. Renata Maciel usa o vestido de jérsei preto com drapeados na gola, bem justa ao corpo, sexy, enquanto as roupas de banho em duas peças ou no geométrico branco são mostrados com reveladora proximidade -eram no mínimo intimistas os corredores por onde passavam as modelos, separados só por paredes de tule branco. Salvou-se apenas Fernanda Tavares. Ocimar Versolato faz homens também, que vêm apertados em calças estreitas com blusões de linha casual ou camisas de popeline.
A técnica de Versolato aparece no vestido marrom usado por Shirley Mallman, seguido de uma túnica plissada preta, de costas nuas, com saia longa por baixo. O uso dos materiais nobres, tão próximos da realidade do estilista, como chiffons, tafetás e crepes, compõem exercícios de simplicidade dessa nova fase de Versolato. (EP)



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