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TEATRO
Peça tem Cristina Mutarelli e Carlos Moreno
"Arte Oculta' ri da antropofágica Bienal
ALVARO MACHADO
especial para a Folha
Tanta "antropofagia" na 24ª Bienal de São Paulo tinha de produzir
algum efeito, mas poucos suspeitavam de resposta tão imediata. O
megaevento de artes plásticas, estruturado a partir do "Manifesto
Antropófago", se transforma a
partir de hoje em motivo de comédia teatral escrachada.
"Arte Oculta" estréia no Tuca
com o propósito de tecer o mais irreverente contraponto às pretensões intelectuais da mostra. E, para
fazer o público aderir a sua crítica
aos "delírios conceituais dos curadores da Bienal", a peça traz Cristina Mutarelli e Carlos Moreno.
Colaboradores desde a fundação
do Studio Pod Minoga, Mutarelli e
Moreno basearam-se numa bem-sucedida, mas curta, experiência
junto à 20ª Bienal.
"O curador João Cândido Galvão
tinha grande senso de humor e nos
chamou para fazer rir da Bienal,
uma atitude admirável. Com o peso extraordinário que os críticos
de arte estão dando a si mesmos
nesta edição do evento, achamos a
proposta mais pertinente do que
nunca e atualizamos aquele espetáculo", explica Mutarelli, também
autora do texto final.
Com o lema oswaldinho "Só a
antropofagia nos une", a peça promove uma "salada cultural" próxima do gênero besteirol. Os personagens principais de "Arte Oculta"
são os "críticos emergentes" professor Dawerson e Laura Liz, que
comentam a forma pela qual grandes artistas estrangeiros teriam
"canibalizado" a cultura brasileira.
²
Peça: Arte Oculta
Onde: Tuca (r. Monte Alegre, 1.024, tel.
011/3670-8342)
Quando: sex. e sáb., às 21 h; dom., às 20h
Quanto: R$ 15
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