São Paulo, sexta, 16 de outubro de 1998

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TEATRO
Peça tem Cristina Mutarelli e Carlos Moreno
"Arte Oculta' ri da antropofágica Bienal

ALVARO MACHADO
especial para a Folha

Tanta "antropofagia" na 24ª Bienal de São Paulo tinha de produzir algum efeito, mas poucos suspeitavam de resposta tão imediata. O megaevento de artes plásticas, estruturado a partir do "Manifesto Antropófago", se transforma a partir de hoje em motivo de comédia teatral escrachada.
"Arte Oculta" estréia no Tuca com o propósito de tecer o mais irreverente contraponto às pretensões intelectuais da mostra. E, para fazer o público aderir a sua crítica aos "delírios conceituais dos curadores da Bienal", a peça traz Cristina Mutarelli e Carlos Moreno.
Colaboradores desde a fundação do Studio Pod Minoga, Mutarelli e Moreno basearam-se numa bem-sucedida, mas curta, experiência junto à 20ª Bienal.
"O curador João Cândido Galvão tinha grande senso de humor e nos chamou para fazer rir da Bienal, uma atitude admirável. Com o peso extraordinário que os críticos de arte estão dando a si mesmos nesta edição do evento, achamos a proposta mais pertinente do que nunca e atualizamos aquele espetáculo", explica Mutarelli, também autora do texto final.
Com o lema oswaldinho "Só a antropofagia nos une", a peça promove uma "salada cultural" próxima do gênero besteirol. Os personagens principais de "Arte Oculta" são os "críticos emergentes" professor Dawerson e Laura Liz, que comentam a forma pela qual grandes artistas estrangeiros teriam "canibalizado" a cultura brasileira.
²
Peça: Arte Oculta
Onde: Tuca (r. Monte Alegre, 1.024, tel. 011/3670-8342)
Quando: sex. e sáb., às 21 h; dom., às 20h Quanto: R$ 15




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