São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006

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Crítica

Ficção científica de Spielberg apenas diverte

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Há um certo exagero em dizer que o filme "Guerra dos Mundos" (Telecine Pipoca, 22h) não vale nada e que boa mesmo é a versão de 1953, devido a Byron Haskin, e, sobretudo, aos efeitos especiais (não por acaso, George Pal, especialista no ramo, é creditado como produtor).
Entretanto, o filme de Haskin sofre de modéstia e de imobilidade -sempre que não há efeitos em questão. O de Spielberg, nem tanto. Mas isso não chega a ser a solução do problema: passou-se mais ou menos meio século, mas os efeitos continuam a ser a essência desta ficção.
Tom Cruise, como salvador da espécie em face da invasão alienígena, nos leva pelo menos 50 anos para trás -e, nessa medida, o filme não se agüenta mesmo. Se é para passar duas horas sem compromisso, serve. Mas, se esperamos da obra de H.G. Wells uma obra-prima, talvez ela esteja lá mesmo, no programa de rádio com que Orson Welles levou os EUA ao pânico, no fim dos anos 30.


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