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São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 2003

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CINEMA

Especial capta transgressão de Eastwood

BRUNO GHETTI
DA REDAÇÃO

"Não deve haver ninguém mais americano que ele", disse certa vez o escritor Norman Mailer a respeito de Clint Eastwood, ator que é o foco do "Actors Studio".
Generalizações a parte, a observação do autor de "Os Nus e os Mortos" até faz sentido, desde que lembremos que há americanos e americanos. Eastwood representa, sim, um certo americano: o de poucas palavras, durão, que não se abate pelas adversidades; também o transgressor, que age sob sua própria moral, que acredita, valoriza e investe em seus ideais e obsessões.
Pode conferir isso quem assistir a seus filmes -obras às quais sempre imprime sua personalidade (o que os franceses costumam chamar de "autoria"). Ou assistindo ao programa de hoje, em que o diretor de "Sobre Meninos e Lobos" fala de sua vida e carreira. E também de sua passagem pela política, da paixão pelo jazz, da admiração por James Cagney.
De origem pobre, Eastwood passou por diversas profissões até parar na Universal, nos anos 50, fazendo pontas em filmes e séries de TV. A carreira ia mal quando recebeu um convite inusitado: fazer um faroeste de produção alemã, filmado na Espanha, dirigido pelo italiano Sergio Leone. Era "Por um Punhado de Dólares" (64), primeiro sucesso de sua carreira. A seguir, viriam outros western-spaghetti, como "Três Homens em Conflito" (66), e êxitos como "A Marca da Forca" (68).
Nos anos 70, Eastwood passou para trás das câmeras, iniciando uma carreira sólida de cineasta. Foi também nessa época que deu vida ao tira Dirty Harry, seu personagem mais popular.
Na entrevista de hoje, James Lipton continua o entrevistador bajulador que nem sempre faz as perguntas mais interessantes, mas consegue deixar Eastwood à vontade e bem-humorado. Resultado: uma entrevista leve e informativa, com um importante nome do cinema.


CLINT EASTWOOD NO ACTORS STUDIO. Quando: hoje, às 21h45, no Multishow.


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