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Próximo volume da Coleção Folha destaca obra de Leonard Bernstein
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ele foi um dos maiores regentes
de todos os tempos, tocava piano
como poucos e escreveu música
para Hollywood e para a Broadway. Leonard Bernstein (1918-1990) é o tema do volume de domingo da Coleção Folha de Música Clássica.
A faceta mais conhecida da carreira de Bernstein foi a de maestro. Aluno, ao lado do cearense
Eleazar de Carvalho, do mítico
Serge Koussevitzky, Bernstein dirigiu a Filarmônica de Nova York
entre 1958 e 1969, fazendo mais da
metade de suas 400 gravações (incluindo obras de compositores
brasileiros, como Villa-Lobos,
Camargo Guarnieri e Lorenzo
Fernandez) com essa orquestra.
Virtuose do teclado, Bernstein
foi, também, um compositor de
destaque, deixando uma missa,
três sinfonias e uma opereta, denominada "Candide", inspirada
pelo livro homônimo de Voltaire,
recentemente encenada, por sinal, no Teatro Municipal de São
Paulo, e cuja abertura, ligeira e colorida, que abre o CD da Coleção
Folha, aparece com certa freqüência nos programas de concerto.
Para além do circuito tradicional das orquestras, Bernstein
também escreveu para as telas. É
dele a música de "Um Dia em Nova York" ("On the Town"), de
1949, com Gene Kelly e Frank Sinatra; ou ainda de "Sindicato de
Ladrões" ("On the Waterfront",
1954), de Elia Kazan, que traz
Marlon Brando em uma de suas
mais memoráveis atuações.
Mas seu maior sucesso como
compositor talvez tenha ocorrido
em 1957, na Broadway, com o
musical "West Side Story", uma
adaptação da história shakespeariana de Romeu e Julieta para o
universo das gangues de imigrantes porto-riquenhos em Nova
York, trazendo melodias que rapidamente se tornaram internacionalmente conhecidas, como
"Maria", "Tonight", "Somewhere" e "America".
"West Side Story" chegou ao cinema em 1961, com direção de Jerome Robbins e Robert Wise, e
tendo Natalie Wood e Richard
Beymer no papel dos amantes
Tony e Maria (no Brasil, o filme
recebeu o título de "Amor, Sublime Amor"). Para apresentação
nas salas de concerto, Bernstein
fundiu alguns dos principais temas da obra naquelas que ele chamou de Danças Sinfônicas de "West Side Story".
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