São Paulo, sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

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Próximo volume da Coleção Folha destaca obra de Leonard Bernstein

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ele foi um dos maiores regentes de todos os tempos, tocava piano como poucos e escreveu música para Hollywood e para a Broadway. Leonard Bernstein (1918-1990) é o tema do volume de domingo da Coleção Folha de Música Clássica.
A faceta mais conhecida da carreira de Bernstein foi a de maestro. Aluno, ao lado do cearense Eleazar de Carvalho, do mítico Serge Koussevitzky, Bernstein dirigiu a Filarmônica de Nova York entre 1958 e 1969, fazendo mais da metade de suas 400 gravações (incluindo obras de compositores brasileiros, como Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Lorenzo Fernandez) com essa orquestra.
Virtuose do teclado, Bernstein foi, também, um compositor de destaque, deixando uma missa, três sinfonias e uma opereta, denominada "Candide", inspirada pelo livro homônimo de Voltaire, recentemente encenada, por sinal, no Teatro Municipal de São Paulo, e cuja abertura, ligeira e colorida, que abre o CD da Coleção Folha, aparece com certa freqüência nos programas de concerto.
Para além do circuito tradicional das orquestras, Bernstein também escreveu para as telas. É dele a música de "Um Dia em Nova York" ("On the Town"), de 1949, com Gene Kelly e Frank Sinatra; ou ainda de "Sindicato de Ladrões" ("On the Waterfront", 1954), de Elia Kazan, que traz Marlon Brando em uma de suas mais memoráveis atuações.
Mas seu maior sucesso como compositor talvez tenha ocorrido em 1957, na Broadway, com o musical "West Side Story", uma adaptação da história shakespeariana de Romeu e Julieta para o universo das gangues de imigrantes porto-riquenhos em Nova York, trazendo melodias que rapidamente se tornaram internacionalmente conhecidas, como "Maria", "Tonight", "Somewhere" e "America".
"West Side Story" chegou ao cinema em 1961, com direção de Jerome Robbins e Robert Wise, e tendo Natalie Wood e Richard Beymer no papel dos amantes Tony e Maria (no Brasil, o filme recebeu o título de "Amor, Sublime Amor"). Para apresentação nas salas de concerto, Bernstein fundiu alguns dos principais temas da obra naquelas que ele chamou de Danças Sinfônicas de "West Side Story".


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