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VIDEOARTE
"Janela Eletrônica" abriga novas mídias
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO
Em outros tempos, as manifestações artísticas que não se encaixavam perfeitamente em uma
única categoria definida -fotografia, cinema etc.- ficavam em
uma zona desfocada, pouco definida, mais conhecida como arte
"conceitual" ou "multimídia".
"Janela Eletrônica", novo programa da Rede SescSenac, tenta
definir melhor esse cenário, à luz
das inovações tecnológicas dos
últimos anos que alteraram os
modos de expressão artística.
Quem apresenta a atração é
Francisco César Filho -cineasta
e curador de diversas mostras de
cinema em São Paulo, na área há
mais de 20 anos-, que gosta de
usar o termo "arte eletrônica" para designar a nova produção.
"Hoje, vários artistas criam
obras que vão desembocar em diversas áreas e meios; uma mesma
obra é um site, um vídeo, uma
instalação etc.", diz Filho. "A mídia não é a coisa mais importante
-a idéia vale mais. O artista não
fica limitado ao suporte."
Em cada edição do programa
(que dura meia hora), Filho entrevista um artista e mostra trechos/
cenas de obras.
Na estréia, por exemplo, a convidada foi a curadora do Videobrasil, Solange Farkas; na semana
passada, Lucas Bambozzi.
Hoje, a atração é o coletivo Bijari, um núcleo formado por dez artistas, que tem apresentado projeções de vídeos editados ao vivo,
geralmente em festas de música
eletrônica.
Filho se empolga com o atual
cenário da arte eletrônica, que, segundo ele, teve como marco divisor a popularização de equipamentos que mudaram o modo de
vida da sociedade, como computadores, telefones celulares etc.
"A cada seis meses surge uma
nova revolução tecnológica. Temos o privilégio de viver em uma
fase de descobertas -trata-se dos
primórdios de uma maneira nova
de pensar."
JANELA ELETRÔNICA. Quando: qua.
(15h); qui. (2h30); sex. (20h); sáb (22h);
dom. ( 8h) e seg. (20h30), na Rede
SescSenac.
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