São Paulo, terça-feira, 17 de fevereiro de 2004

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VIDEOARTE

"Janela Eletrônica" abriga novas mídias

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

Em outros tempos, as manifestações artísticas que não se encaixavam perfeitamente em uma única categoria definida -fotografia, cinema etc.- ficavam em uma zona desfocada, pouco definida, mais conhecida como arte "conceitual" ou "multimídia".
"Janela Eletrônica", novo programa da Rede SescSenac, tenta definir melhor esse cenário, à luz das inovações tecnológicas dos últimos anos que alteraram os modos de expressão artística.
Quem apresenta a atração é Francisco César Filho -cineasta e curador de diversas mostras de cinema em São Paulo, na área há mais de 20 anos-, que gosta de usar o termo "arte eletrônica" para designar a nova produção.
"Hoje, vários artistas criam obras que vão desembocar em diversas áreas e meios; uma mesma obra é um site, um vídeo, uma instalação etc.", diz Filho. "A mídia não é a coisa mais importante -a idéia vale mais. O artista não fica limitado ao suporte."
Em cada edição do programa (que dura meia hora), Filho entrevista um artista e mostra trechos/ cenas de obras.
Na estréia, por exemplo, a convidada foi a curadora do Videobrasil, Solange Farkas; na semana passada, Lucas Bambozzi.
Hoje, a atração é o coletivo Bijari, um núcleo formado por dez artistas, que tem apresentado projeções de vídeos editados ao vivo, geralmente em festas de música eletrônica.
Filho se empolga com o atual cenário da arte eletrônica, que, segundo ele, teve como marco divisor a popularização de equipamentos que mudaram o modo de vida da sociedade, como computadores, telefones celulares etc.
"A cada seis meses surge uma nova revolução tecnológica. Temos o privilégio de viver em uma fase de descobertas -trata-se dos primórdios de uma maneira nova de pensar."


JANELA ELETRÔNICA. Quando: qua. (15h); qui. (2h30); sex. (20h); sáb (22h); dom. ( 8h) e seg. (20h30), na Rede SescSenac.


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