São Paulo, terça-feira, 17 de março de 2009

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Presidente da emissora rebate as acusações

COLUNISTA DA FOLHA

O jornalista Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta, afirma que audiência é importante, sim, para a emissora, mas não é tudo. "A gente tem uma programação diferenciada, deve levar em consideração o alcance social daquilo que produz. Não estou me furtando a discutir o assunto, mas nosso foco não é só audiência", diz.
Ele nega que não haja preocupação com audiência. Diz que o assunto é estudado e debatido diariamente. "Não faz sentido fazer TV para ninguém." Markun enfatiza que a baixa audiência não é um problema exclusivo da TV Cultura, mas de várias emissoras públicas que não seguem lógica comercial, como a PBS, dos EUA.
Ele avalia que a Cultura apresenta "um bom resultado" na relação custo-benefício e que "está acima da média no que diz respeito a gastar bem o dinheiro". Segundo Markun, a emissora custa 50 vezes menos do que a Globo, mas sua audiência é só 17 vezes menor.
O executivo apresenta dados de audiência que mostram "que não houve uma derrocada". Em 20 anos, a média anual oscilou de 0,7 a 2,9 pontos.
O jornalista refuta a afirmação do secretário Lobo de que a emissora é usada como "laboratório" de programação.
"Não é verdade. Acho que a gente tem que ter uma fase de experiência, sim. Mas não são experiências ditadas por quem está na diretoria de programação. Ao contrário, eu eliminei isso", afirma.
Markun também nega haver entra-e-sai de programas e falta de critérios para isso. "No ano passado, nós entramos com novos programas, mas a redução foi muito pequena."
Por fim, devolve as críticas a Lobo, que, enfatiza, não representa no conselho o governo do Estado, mas a sociedade civil. "O conselheiro talvez devesse acompanhar mais de perto a programação." (DC)


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