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Presidente da emissora rebate as acusações
COLUNISTA DA FOLHA
O jornalista Paulo Markun,
presidente da Fundação Padre
Anchieta, afirma que audiência
é importante, sim, para a emissora, mas não é tudo. "A gente
tem uma programação diferenciada, deve levar em consideração o alcance social daquilo que
produz. Não estou me furtando
a discutir o assunto, mas nosso
foco não é só audiência", diz.
Ele nega que não haja preocupação com audiência. Diz
que o assunto é estudado e debatido diariamente. "Não faz
sentido fazer TV para ninguém." Markun enfatiza que a
baixa audiência não é um problema exclusivo da TV Cultura,
mas de várias emissoras públicas que não seguem lógica comercial, como a PBS, dos EUA.
Ele avalia que a Cultura apresenta "um bom resultado" na
relação custo-benefício e que
"está acima da média no que diz
respeito a gastar bem o dinheiro". Segundo Markun, a emissora custa 50 vezes menos do
que a Globo, mas sua audiência
é só 17 vezes menor.
O executivo apresenta dados
de audiência que mostram "que
não houve uma derrocada". Em
20 anos, a média anual oscilou
de 0,7 a 2,9 pontos.
O jornalista refuta a afirmação do secretário Lobo de que a
emissora é usada como "laboratório" de programação.
"Não é verdade. Acho que a
gente tem que ter uma fase de
experiência, sim. Mas não são
experiências ditadas por quem
está na diretoria de programação. Ao contrário, eu eliminei
isso", afirma.
Markun também nega haver
entra-e-sai de programas e falta de critérios para isso. "No
ano passado, nós entramos
com novos programas, mas a
redução foi muito pequena."
Por fim, devolve as críticas a
Lobo, que, enfatiza, não representa no conselho o governo do
Estado, mas a sociedade civil.
"O conselheiro talvez devesse
acompanhar mais de perto a
programação."
(DC)
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