das agências internacionais

A crítica ovacionou anteontem, em Cannes, o último filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar, "Todo sobre Mi Madre" (Tudo Sobre Minha Mãe), que está na mostra competitiva do festival francês de cinema.
Trata-se de um melodrama cômico dedicado às mulheres, já que nem sequer conta com homens em seu elenco. Mesmo o pai do filho morto da protagonista (a argentina Cecilia Roth, no papel de Manuela) é interpretado por uma mulher travestida (a atriz Antonia San Juan, no papel de Lola). O elenco é composto ainda por Marisa Paredes, Penélope Cruz, Candela Peña e outras.
No filme, Manuela sai em busca de Lola, o travesti, depois que o filho do casal morre, sem ter conhecido o pai.
Na entrevista coletiva que se seguiu à exibição, Almodóvar declarou não estar satisfeito com a vida: "Quero mais que a vida pode me oferecer. Quero tudo, mas nunca consigo isso", disse o espanhol.
Sobre uma possível premiação em Cannes, o diretor disse: "Se me dão algum prêmio, ficarei contente, mas, se não dão, ficarei contente também. Os filmes não mudam com os prêmios". Reivindicou ainda para a Europa o feudo de um "cinema de sentimentos". "Esse tipo de cinema não precisa de efeitos especiais, pode ser feito em qualquer lugar, mesmo em um banheiro", disse.


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