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"É preciso saber ouvir", diz apresentadora
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
A mistura de diferentes universos e referências proposta com a
nova formação do "Saia Justa", do
GNT, é um dos desafios para a filósofa Márcia Tiburi, 35, professora da Unisinos-RS e apresentadora de um programa de filosofia
numa TV local de Porto Alegre.
Ao lado de Mônica Waldvogel,
Luana Piovani e Betty Lago, ela
discute, semanalmente, temas polêmicos e acha que, como profissional, seu dever é ouvir antes de
falar no programa.
"Eu entrei porque é um espaço
de conversação, e filosofia começa com isso. É preciso construir
um diálogo lúcido. A filosofia
combate o vazio do pensamento.
O programa não é sobre filosofia,
mas nele há muito dela", diz Tiburi, para quem sua entrada na atração não pretende oferecer respostas acadêmicas às discussões.
"Eu acho que a filosofia é uma
coisa que está na vida de todas as
pessoas porque pensar é algo comum, todo mundo faz. Não pretendo apenas divulgar a história
da filosofia, que é muito interessante, mas construir uma ponte
com a academia", afirma.
Para Tiburi, popularizar a filosofia é o grande desafio da academia. Segundo ela, poucos livros
promovem a iniciação ao assunto. Para ela, autora de "Filosofia
Cinza - A Melancolia e o Corpo
nas Dobras da Escrita" (ed. Escritos), é corajoso promover a simbiose entre a rapidez e a instantaneidade da TV com o pensamento filosófico. "Eu admiro as pessoas que fazem isso." (MB)
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