São Paulo, domingo, 17 de julho de 2005

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"É preciso saber ouvir", diz apresentadora

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

A mistura de diferentes universos e referências proposta com a nova formação do "Saia Justa", do GNT, é um dos desafios para a filósofa Márcia Tiburi, 35, professora da Unisinos-RS e apresentadora de um programa de filosofia numa TV local de Porto Alegre. Ao lado de Mônica Waldvogel, Luana Piovani e Betty Lago, ela discute, semanalmente, temas polêmicos e acha que, como profissional, seu dever é ouvir antes de falar no programa.
"Eu entrei porque é um espaço de conversação, e filosofia começa com isso. É preciso construir um diálogo lúcido. A filosofia combate o vazio do pensamento. O programa não é sobre filosofia, mas nele há muito dela", diz Tiburi, para quem sua entrada na atração não pretende oferecer respostas acadêmicas às discussões.
"Eu acho que a filosofia é uma coisa que está na vida de todas as pessoas porque pensar é algo comum, todo mundo faz. Não pretendo apenas divulgar a história da filosofia, que é muito interessante, mas construir uma ponte com a academia", afirma.
Para Tiburi, popularizar a filosofia é o grande desafio da academia. Segundo ela, poucos livros promovem a iniciação ao assunto. Para ela, autora de "Filosofia Cinza - A Melancolia e o Corpo nas Dobras da Escrita" (ed. Escritos), é corajoso promover a simbiose entre a rapidez e a instantaneidade da TV com o pensamento filosófico. "Eu admiro as pessoas que fazem isso." (MB)

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