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ONG busca criar público leitor
DA SUCURSAL DO RIO
Quando iniciou seu trabalho,
no início da década de 90, a organização não-governamental Leia
Brasil logo percebeu que, para estimular a formação de um público
leitor, não bastava facilitar o acesso ao livro. "A gente achava que o
acesso ao livro, por si só, seria o
grande estimulador da leitura no
Brasil. Com muita rapidez, no entanto, verificamos que o livro ficava às moscas nas escolas, porque
o professor não sabia o que fazer
com ele e o aluno não tinha curiosidade", conta Jason Prado, diretor-executivo da ONG.
A atividade do Leia Brasil, que
no início era centrada principalmente na oferta de livros, passou
então a ser acompanhada de uma
série de outras paralelas para criar
um ambiente propício ao estímulo à leitura na escola.
A ONG possui caminhões-biblioteca que visitam escolas públicas emprestando livros, revistas e vídeos e realizando atividades como exposições que, de alguma maneira, possam ajudar a
formar um público leitor.
O foco da entidade deixou de
ser apenas o aluno para englobar
também o professor, que recebe
treinamento e material didático
que dá suporte a essas atividades.
"Uma das melhores coisas que
fizemos foi ter oferecido gratuitamente esse material para as escolas sem obrigatoriedade de elas terem algum tipo de resposta acadêmica. Nós levamos o livro para
dentro da escola tentando tirar essa característica de tarefa ou de
obrigação", diz Prado.
(AG)
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