São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2005

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ONG busca criar público leitor

DA SUCURSAL DO RIO

Quando iniciou seu trabalho, no início da década de 90, a organização não-governamental Leia Brasil logo percebeu que, para estimular a formação de um público leitor, não bastava facilitar o acesso ao livro. "A gente achava que o acesso ao livro, por si só, seria o grande estimulador da leitura no Brasil. Com muita rapidez, no entanto, verificamos que o livro ficava às moscas nas escolas, porque o professor não sabia o que fazer com ele e o aluno não tinha curiosidade", conta Jason Prado, diretor-executivo da ONG.
A atividade do Leia Brasil, que no início era centrada principalmente na oferta de livros, passou então a ser acompanhada de uma série de outras paralelas para criar um ambiente propício ao estímulo à leitura na escola.
A ONG possui caminhões-biblioteca que visitam escolas públicas emprestando livros, revistas e vídeos e realizando atividades como exposições que, de alguma maneira, possam ajudar a formar um público leitor.
O foco da entidade deixou de ser apenas o aluno para englobar também o professor, que recebe treinamento e material didático que dá suporte a essas atividades.
"Uma das melhores coisas que fizemos foi ter oferecido gratuitamente esse material para as escolas sem obrigatoriedade de elas terem algum tipo de resposta acadêmica. Nós levamos o livro para dentro da escola tentando tirar essa característica de tarefa ou de obrigação", diz Prado. (AG)


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