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Documentário
"Garbo" busca explicar reclusão da atriz
SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA
De acordo com a lógica da era
das celebridades, em que muitos venderiam a mãe para ter
direito a 15 minutos de fama, a
reclusão de Greta Garbo (1905-1990) não faz sentido: por que
uma das maiores estrelas do cinema, num tempo em que isso
representava bem mais do que
hoje, abandonaria a carreira
aos 36 anos, no auge da beleza,
para viver anonimamente em
Nova York por meio século?
Especulações sobre os seus
motivos alimentam o documentário "Garbo", que o TCM
exibe hoje como brinde da retrospectiva dedicada à atriz,
com quatro de seus longas mais
importantes: "Grande Hotel"
(1932), "Anna Karenina"
(1935), "A Dama das Camélias"
(1936) e "Ninotchka" (1939).
Em busca de respostas, procura-se compreender a fabricação do mito em contraste com a
personalidade da sueca Greta
Lovisa Gustafsson, descoberta
em uma escola de teatro em Estocolmo pelo diretor Mauritz
Stiller e lançada em "A Saga de
Gosta Berling" (1924).
Pouco depois, Hollywood entrou em seu caminho, por meio
da máquina de criação de astros em funcionamento na
Metro-Goldwyn-Mayer. O documentário reconstitui sua trajetória com esmero, alternando
trechos de filmes, bastidores e
dramas pessoais, mas mantém
intocada a natureza do que a levou a abrir mão de Garbo para
ser outra vez Gustafsson.
GARBO
Quando: hoje, às 20h30
Onde: TCM
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