LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A "novela" da transmissão digital, que ensaia um desfecho para as redes de TV, começará agora para as emissoras de rádio no Brasil.
No início do próximo ano, devem chegar ao país os equipamentos para testar a transmissão de rádio digital pelo sistema norte-americano, o Iboc.
A grande vantagem da era digital no rádio será o "renascimento" das AMs, que terão a mesma qualidade de transmissão que as FMs. Além disso, assim como na TV, deve haver interatividade e aumento das possibilidades comerciais (enquanto uma música toca, por exemplo, o visor do rádio pode mostrar a capa do CD, trazer o preço e até realizar a venda). Essa tecnologia deve virar um grande negócio, principalmente quando houver a convergência entre rádio digital e aparelho celular.
O sistema dos EUA, que disputa com o japonês e o europeu, é o preferido pela Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV). O recém-nascido lobby pelo padrão americano ganhou força em novembro, quando foi aceito pela UIT (União Internacional de Telecomunicações), o órgão máximo do setor no mundo. A situação é bem diferente no caso da TV, em que a associação elegeu o do Japão e considerou o norte-americano o pior dos três.

laura@folhasp.com.br


OLHO NO LANCE
Emissoras querem evitar pirataria na Copa

Band, Transamérica e as rádios das Organizações Globo, que compraram na semana passada o direito de transmitir a Copa de 2002, querem que sejam punidas as emissoras que não entraram no acordo e transmitirem os jogos do estúdio, narrando pelo que passa na TV. A punição deve ser definida pela Abert. A Globo Esportes, que detém os direitos de transmissão das partidas, queria US$ 3 milhões das rádios, mas o pacote foi vendido a 13 emissoras por US$ 860 mil em dinheiro. O restante será pago com espaço publicitário para a Globo. A divulgação de "Big Brother" deve entrar no esquema.



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