São Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

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COMIDA

Sem estourar o bolso

Colunista seleciona dez rótulos de espumantes bons e baratos para as festas de fim de ano e um champanhe com preço abaixo da média; saiba onde comprá-los

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Únicos por seu perfil borbulhante, que brinda as taças com um visual alegre e o paladar com carícias igualmente sedutoras, os espumantes voltam ao palco nas festas de fim de ano.
Bons exemplares não faltam para comemorar a contento.
No canto nacional, a oferta continua muito boa, seja pelos goles de casas consagradas, como Chandon, Geisse, Miolo, Salton ou Valduga, seja graças a novas adegas que começam a ocupar lugar no mercado -como as recomendadas.
Na ala importada, os argentinos estão melhorando na área das borbulhas, com gratas surpresas. Já na Europa, os espanhóis continuam firmes, aportando bons cava (como são denominados os espumantes por lá). Há também uma boa variedade de borbulhas italianas.
Entre eles, os populares prosecco -mas que, pela qualidade um tanto errática, devem ser escolhidos com cuidado.
O time dos brut, sejam nature (com até 3 gramas de açúcar por litro), extra brut (até 6 g/l) ou apenas brut (até 15 g/l) são os mais secos e também a melhor escolta para as comidas. Os brancos, ao lado de saladas, aves e frutos do mar; os rosados, um pouco mais robustos, para as massas e carnes.

até R$ 60

FINCALEGRE BRUT
>> Um dos bons espumantes espanhóis que aportaram neste ano. Oriundo da Catalunha, no nordeste do país, foi elaborado com cepas típicas do lugar (como a macabeo) e chardonnay, fundidas num sabor frutado (limão, abacaxi) e com toques minerais, realçado por uma textura sedosa, com bolhas finas (87/100, R$ 58, CultVinho, tel. 0/xx/11/2613-7183)

BEYERSKLOOF PINOTAGE BRUT 2008
>> Criada na África do Sul a partir das cepas francesas pinot noir e cinsaut, a uva pinotage é quase uma exclusividade do país. Ela nutre este rosado da igualmente sul-africana Beyerskloof. Uma acidez marcada sustenta e dá brilho ao seu sabor que mescla geleias e frutas como marmelo e suave goiaba (87/100, R$ 52,32, Mistral, tel. 0/xx/11/3372-3400)

RUGGERI PROSECCO BRUT
>> Clássicas borbulhas do Veneto, norte da Itália, os prosecco podem ser separados em dois grupos: os bons e o resto. O Ruggeri, pertence ao primeiro (e escasso) time, o dos proseccos gostosos e benfeitos. Pera madura, leve pêssego e frutas cítricas (como limão-siciliano) marcam seu paladar ligeiro e vivaz (87/100, R$ 50, Cellar, tel. 0/ xx/11/5531-2419)

SANTA JULIA BRUT
>> Elaborado pela adega argentina Família Zuccardi, o Santa Julia une na sua fórmula uvas clássicas para espumantes (pinot noir-chardonnay) coma pouco habitual viognier. Da combinação surgiu um vinho cremoso, equilibrado, rico em tons de fruta (maçã verde, pêssego) e pinceladas de brioche (87/100, R$ 43, Ravin, tel. 0/xx/11/5574-5789)

FILIPA PATO 3B BRUTO
>> Filha de Luis Pato, craque da vinicultura lusa, a enóloga Filipa Pato iniciou voo solo em2002 lançando seus próprios vinhos. O 3B, um rosado das Beiras, centro de Portugal, nasceu de uvas tintas (baga) e brancas (bical) que deram forma a um espumante rico em frutas secas e toques minerais (87/100, R$ 43,08, Casa Flora, tel. 0/xx/11/3327-5199)

até R$ 40

CLUB DES SOMMELIERS BRUT
>> A marca própria do Pão de Açúcar, Club des Sommeliers, abriga bons vinhos de vários países. Este espumante, corte de uvas chardonnay e pinot noir, foi elaborado na Serra Gaúcha pela vinícola Miolo. De corpo médio, ele agrada pelo sabor frutado-floral e pelo paladar vivaz, com boa acidez (85/100, R$ 19,90, Pão de Açúcar, tel. 0800-773-2732)

MONTE PASCHOAL BRUT ROSÉ
>> O Monte Paschoal, elaborado à base de uvas pinot noir pela Basso, adega de Farroupilha (RS), é outra amostra dos interessantes goles rosados que têm surgido no país. Ele tem bom corpo, borbulhas abundantes e persistentes, sabor que mescla frutas vermelhas comsuaves (e exóticos) toques de papaia e pitanga (87/100, R$ 21, A.O.C., tel. 0/xx/11/3044-1697)

VALLONTANO BRUT
>> A Vallontano é uma pequena vinícola de ponta do Vale dos Vinhedos, canto de destaque da Serra Gaúcha. Além dos densos tintos que a caracterizam, a casa cria espumantes como este, um pinot noir-chardonnay bem estruturado, com boa acidez e sabor longo e agradável, que combina frutas brancas e tropicais (86/100, R$ 39,90, Mistral, tel. 0/ xx/11/3372-3400)

DON GUERINO PROSECCO BRUT
>> Jovem vinícola gaúcha, fundada poucos anos atrás em Alto Feliz, ao sul de Bento Gonçalves, a Motter tem mostrado bons goles brancos. Entre eles, está o prosecco, intenso e atraente, que une frutas brancas e cítricas com pinceladas de pão fresco no seu paladar longo e cremoso (86/100, R$ 23, na A.O.C., tel. 0/xx/11/3044-1697)

NIETO SENETINER EXTRA BRUT
>> A Nieto, tradicional adega argentina, conta com campeões de venda no Brasil, como os Benjamin, um conjunto de vinhos básicos. Assina também belos espumantes com oeste, no qual predomina a pinot noir. Equilibrado, frutado (maçã, abacaxi) e com bom corpo, ele é capaz de escoltar pratos de carne (86/100, R$ 27,60, Casa Flora, tel. 0/xx/11/3327-5199)



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