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COMIDA
Sem estourar o bolso
Colunista seleciona dez rótulos de espumantes bons e baratos para as festas de
fim de ano e um champanhe com preço abaixo da média; saiba onde comprá-los
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Únicos por seu perfil borbulhante, que brinda as taças com
um visual alegre e o paladar
com carícias igualmente sedutoras, os espumantes voltam ao
palco nas festas de fim de ano.
Bons exemplares não faltam para comemorar a contento.
No canto nacional, a oferta
continua muito boa, seja pelos
goles de casas consagradas, como Chandon, Geisse, Miolo,
Salton ou Valduga, seja graças a
novas adegas que começam a ocupar lugar no mercado -como as recomendadas.
Na ala importada, os argentinos estão melhorando na área
das borbulhas, com gratas surpresas. Já na Europa, os espanhóis continuam firmes, aportando bons cava (como são denominados os espumantes por lá). Há também uma boa variedade de borbulhas italianas.
Entre eles, os populares prosecco -mas que, pela qualidade
um tanto errática, devem ser escolhidos com cuidado.
O time dos brut, sejam nature (com até 3 gramas de açúcar
por litro), extra brut (até 6 g/l)
ou apenas brut (até 15 g/l) são
os mais secos e também a melhor escolta para as comidas. Os
brancos, ao lado de saladas,
aves e frutos do mar; os rosados, um pouco mais robustos,
para as massas e carnes.
até R$ 60
FINCALEGRE BRUT
>> Um dos bons espumantes espanhóis que aportaram neste ano. Oriundo da
Catalunha, no nordeste do país, foi elaborado com cepas típicas do lugar (como a
macabeo) e chardonnay, fundidas num sabor frutado (limão, abacaxi) e com toques
minerais, realçado por uma textura sedosa, com bolhas finas (87/100, R$ 58,
CultVinho, tel. 0/xx/11/2613-7183)
BEYERSKLOOF PINOTAGE BRUT 2008
>> Criada na África do Sul a partir das cepas francesas pinot noir e cinsaut, a uva
pinotage é quase uma exclusividade do país. Ela nutre este rosado da igualmente
sul-africana Beyerskloof. Uma acidez marcada sustenta e dá brilho ao seu sabor
que mescla geleias e frutas como marmelo e suave goiaba (87/100, R$ 52,32,
Mistral, tel. 0/xx/11/3372-3400)
RUGGERI PROSECCO BRUT
>> Clássicas borbulhas do Veneto, norte da Itália, os prosecco podem ser separados
em dois grupos: os bons e o resto. O Ruggeri, pertence ao primeiro (e escasso) time,
o dos proseccos gostosos e benfeitos. Pera madura, leve pêssego e frutas cítricas
(como limão-siciliano) marcam seu paladar ligeiro e vivaz (87/100, R$ 50, Cellar, tel. 0/
xx/11/5531-2419)
SANTA JULIA BRUT
>> Elaborado pela adega argentina Família Zuccardi, o Santa Julia une na sua fórmula
uvas clássicas para espumantes (pinot noir-chardonnay) coma pouco habitual viognier.
Da combinação surgiu um vinho cremoso, equilibrado, rico em tons de fruta (maçã verde,
pêssego) e pinceladas de brioche (87/100, R$ 43, Ravin, tel. 0/xx/11/5574-5789)
FILIPA PATO 3B BRUTO
>> Filha de Luis Pato, craque da vinicultura lusa, a enóloga Filipa Pato iniciou voo solo
em2002 lançando seus próprios vinhos. O 3B, um rosado das Beiras, centro de Portugal,
nasceu de uvas tintas (baga) e brancas (bical) que deram forma a um espumante rico em
frutas secas e toques minerais (87/100, R$ 43,08, Casa Flora, tel. 0/xx/11/3327-5199)
até R$ 40
CLUB DES SOMMELIERS BRUT
>> A marca própria do Pão de Açúcar, Club des Sommeliers, abriga bons vinhos de vários
países. Este espumante, corte de uvas chardonnay e pinot noir, foi elaborado na Serra
Gaúcha pela vinícola Miolo. De corpo médio, ele agrada pelo sabor frutado-floral e pelo
paladar vivaz, com boa acidez (85/100, R$ 19,90, Pão de Açúcar, tel. 0800-773-2732)
MONTE PASCHOAL BRUT ROSÉ
>> O Monte Paschoal, elaborado à base de uvas pinot noir pela Basso, adega de Farroupilha
(RS), é outra amostra dos interessantes goles rosados que têm surgido no país. Ele tem bom
corpo, borbulhas abundantes e persistentes, sabor que mescla frutas vermelhas comsuaves
(e exóticos) toques de papaia e pitanga (87/100, R$ 21, A.O.C., tel. 0/xx/11/3044-1697)
VALLONTANO BRUT
>> A Vallontano é uma pequena vinícola de ponta do Vale dos Vinhedos, canto de destaque da Serra Gaúcha. Além dos densos tintos que a caracterizam, a casa cria espumantes como este, um pinot noir-chardonnay bem estruturado, com boa acidez e sabor longo e agradável, que combina frutas brancas e tropicais (86/100, R$ 39,90, Mistral, tel. 0/ xx/11/3372-3400)
DON GUERINO PROSECCO BRUT
>> Jovem vinícola gaúcha, fundada poucos anos atrás em Alto Feliz, ao sul de Bento
Gonçalves, a Motter tem mostrado bons goles brancos. Entre eles, está o prosecco,
intenso e atraente, que une frutas brancas e cítricas com pinceladas de pão fresco no
seu paladar longo e cremoso (86/100, R$ 23, na A.O.C., tel. 0/xx/11/3044-1697)
NIETO SENETINER EXTRA BRUT
>> A Nieto, tradicional adega argentina, conta com campeões de venda no Brasil, como os
Benjamin, um conjunto de vinhos básicos. Assina também belos espumantes com oeste,
no qual predomina a pinot noir. Equilibrado, frutado (maçã, abacaxi) e com bom corpo, ele é
capaz de escoltar pratos de carne (86/100, R$ 27,60, Casa Flora, tel. 0/xx/11/3327-5199)
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