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Por que um espumante custa mais do que o outro?
Porque nascem, em geral, de
propostas e ambientes diferentes. Num extremo, estão exemplares lusos, italianos, espanhóis e do Novo Mundo, caso
do Brasil. São vinhos mais simples, vendidos poucos meses
após ganhar as borbulhas, para
cativar (e ter rápido retorno)
com o que tem de melhor: a sua
fruta e frescor.
No outro, os (divinos) champanhes, do norte da França. Lá,
parâmetros (e custos) são diferentes. Os vinhedos estão entre
os mais caros do planeta -até
1 milhão por hectare.
Nos espumantes, o norte é a
complexidade. Os vinhateiros
combinam vinhos de diferentes terrenos e idades, para dar-lhes um caráter único. O Grande Cuvée da Krug, uma união
de até 30 vinhos de dez safras
diferentes é boa amostra desse
talento. Passa no mínimo sete
anos em adega, lapidando a sua
amálgama -e adicionando cifrões ao preço (R$ 800).
Ajuda também o marketing
da região, de uma elegância impecável, envolto em mensagens de luxo e glamour.
Falando em divulgação,
menção aqui para champanhes
de alto nível, a preço menor, às
vezes, do que rótulos de grandes marcas. São de casas menos conhecidas (como Larmandier-Bernier, ao lado) que
concentram encanto e sedução
não na publicidade, mas onde
mais interessa: no interior da
garrafa.
(JORGE CARRARA)
Larmandier-Bernier Blanc de Blancs 1er Cru Brut
Pequena produtora familiar da região de Champagne (FR),
Larmandier-Bernier modela um delicioso (eminúsculo) elenco
desses incomparáveis espumantes gauleses.
Elaborado com uvas chardonnay, cultivadas em vinhedos
classificados como Cru, a elite do lugar, este Blanc de Blancs
encanta por suas complexidade (avelãs, maçãs, tons
tostados), elegância, harmonia e persistência na boca
(92/100,R$ 165, Cellar, tel. 0/xx/ 11/5531-2419)
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