JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Nascida em 2008 da fusão da Viña San Pedro com a Viña Tarapacá, a VSPT é a terceira produtora (e segunda exportadora) de vinhos do Chile. Abriga rótulos conhecidos por aqui, como Santa Helena, Tabalí ou Casa Rivas. Alias, o Brasil, com mais de 6 milhões de garrafas vendidas por ano, é um dos seus principais mercados.
Para divulgar os vinhos de uma das âncoras do grupo, a Tarapacá, o californiano Ed Flaherty, enólogo da casa, visitou São Paulo no início deste mês. O seu currículo inclui trabalhos na Sonoma Cutrer e na Saintsbury, adegas de sua terra natal. No Chile desde 1993, passou por casas como Cono Sur e Errazuriz, aportando na Tarapacá em 2006.
Flaherty mostrou vinhos limpos e atraentes -um claro câmbio, já que antes da sua era, os goles da marca não empolgavam. Entre os brancos, agradou o Gran Reserva Sauvignon Blanc 2009, unindo maracujá, limão e grapefruit no sabor vivaz (88/100).
Na ala rubra, menção para três Gran Reserva 2007. Um é o Merlot (cerejas, chocolate-preto, macio, 88/100). Outro, o Syrah, aveludado, rico em frutas vermelhas e tons de madeira (89/100, os três R$ 53,49). Melhor ainda, o Etiqueta Negra, um cabernet saboroso, sedoso, amplo e longo, marcado por fruta e especiaria (91/100, R$ 100,88, na Épice, tel. 0/ xx/11/6910-4662).

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