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Crítica
Fulana serve cozinha italiana e espanhola mediana, mas constante
JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA
Numa região da zona
norte onde é crescente
a oferta gastronômica,
o Fulana é aberto como uma alternativa de qualidade mediana, mas constante, e preços
bem razoáveis. A cozinha percorre um eixo imaginário no
Mediterrâneo ligando Espanha
e Itália -mas é esta última que se sobressai.
Simbolizando a união, no almoço há um farto bufê que engloba os dois países. Destacam-se nos aparadores a enorme paellera de um lado e, de outro,
um parmesão recheado com espaguete aos quatro queijos (como não pode haver chama sob o
queijo, obviamente a massa é
incomível, gelada). Há também
uma estação de massas e outra
de grelhados e assados, da picanha ao cordeiro.
O restaurante tem entre os
sócios o espanhol Arturo
Frank, 39, proprietário da
churrascaria Sul Nativa (há 16
anos em Santana), e o gaúcho
Paulo Renato, 50, do Margarida Café de Paraty (há 15 anos no litoral do Rio de Janeiro).
A casa nasceu quando um proprietário do bar Morro Pauliceia, também em Santana, teve a ideia de ocupar o amplo galpão que inicialmente seria para uma casa de shows e estava desativado.
A presença de um sócio espanhol e de outro que, no litoral,
serve cozinha italiana (ambos foram estudantes de gastronomia) redundou no cardápio binacional. Nos pratos à la carte, servidos apenas à noite, a Espanha está presente em receitas
como o bacalhau ao pil pil (típico do país Basco, e que nessa
versão é servido com molho de azeite e pimentão); e o linguado ao mar e montanha (grelhado,
servido com polenta, requeijão e farofa de presunto cru), além da paella.
A seção italiana tem massas,
risotos e também as pizzas preparadas em forno a lenha. Há
ainda pratos criados pelos
chefs-proprietários (que contam com o reforço do chef Pepe, outro espanhol), como as
costeletas do rei: costeletinhas
de porco confitadas ao molho
agridoce, servido na frigideira
de cobre com molho de tomate e manjericão, refogado de legumes e ovo pochê.
Entre as sobremesas, creme
catalão de baunilha com geleia
de frutas vermelhas. Para a escala do restaurante, a cozinha
não dá grandes sustos, e a carta
de vinhos até surpreende.
josimar@basilico.com.br
FULANA
Avaliação:
Endereço: r. Luis Dumont Vilares, 651, Jardim São Paulo, tel. 0/11/2283-6575
Funcionamento: seg. a sex., das 11h30 às 16h e das 18h às 23h30; sáb., das 11h30 à 1h; dom., das
11h30 às 23h30
Ambiente: galpão amplo, um pouco escuro de dia, mas agradável
Serviço: alguns (mas poucos) escorregões
Vinhos: oferta bem variada (inclusive em preços), boa para a escala do restaurante
Cartões: A, D, M, V
Preços: almoço (bufê), R$ 29 (seg. a sex.) e R$ 34 (fim de semana); jantar: entradas, R$ 19 a
R$ 25; pratos principais, R$ 26 a
R$ 49; sobremesa, R$ 9,80 a R$ 13.
MENU EXECUTIVO
O Acrópoles, restaurante
grego tradicional do Bom
Retiro, acaba de lançar menu
executivo na filial dos Jardins (r. Haddock Lobo, 885,
tel. 0/xx/11/3063-3991). As
opções, no entanto, fogem da
cozinha grega para "atrair
mais fregueses", segundo a
gerente. Entre elas, picadinho (terça) e filé de frango
com creme de milho (sexta).
Prato, sobremesa e refrigerante saem por R$ 25.
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