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Evento debate a música eletrônica
Rio Music Conference, que começa hoje, incluirá palestras sobre softwares, workshops e apresentações de DJs
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
O termo originalidade ainda
pode ser associado à música
eletrônica? Softwares e equipamentos digitais são ferramentas capazes de promover uma
imersão em beats e ritmos? A
dance music funciona como
evento de massa? Essas são algumas das questões que devem
ser discutidas na primeira edição da Rio Music Conference,
que começa hoje na Marina da
Glória, no Rio de Janeiro.
Hoje e amanhã, a RMC terá
como foco os debates. De sexta
a terça, as conversas cedem lugar à festa: haverá apresentação de DJs e produtores como
David Guetta (sexta), Gui Boratto (sábado), Sven Vath (domingo), Armin Van Buuren (segunda) e Erick Morillo (terça).
As palestras e os workshops
começam às 16h; as festas, no
final da noite. A compra de ingresso pode ser feita pelo site
do evento www.riomusiccon
ference.com.br.
Principal software tanto para a produção de música eletrônica quanto para discotecagem
(é possível recortar trechos de
faixas ou tocar várias músicas
ao mesmo tempo), o Ableton
ganhará um workshop capitaneado pelo francês Amaury
Groc, músico e especialista no
software; o paulista Marky terá
um painel sobre discotecagem.
"É um conceito diferente de
produção", diz o produtor Dudu Marote, 43, sobre o Ableton.
"Quando fazia apresentação do
Ableton para amigos, pegava,
por exemplo, uma música do
Tom Jobim, como "Wave" e a
transformava com batidas de
house, de tecno. É um programa que permite utilizar qualquer material sonoro que você
tenha de maneiras diversas. As
fronteiras de tempo do arquivo
são vencidas."
A RMC chega em um momento favorável à eletrônica
no Brasil. O estilo movimentou, em 2008, o equivalente a
R$ 500 milhões no país, entre
ingressos, cachês e patrocínios
pagos em eventos. A estimativa
é dos organizadores da RMC.
Considerando-se o valor movimentado mundialmente pelo
segmento em 2007 -US$ 3 bilhões-, o mercado brasileiro
responde por cerca de 8% do
PIB mundial de eletrônica.
"As festas são frequentadas
por jovens da classe B, com poder aquisitivo considerável",
diz Claudio Mazza, professor
de produção de som da ESPM.
(THIAGO NEY e SAMANTHA LIMA)
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