São Paulo, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

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Evento debate a música eletrônica

Rio Music Conference, que começa hoje, incluirá palestras sobre softwares, workshops e apresentações de DJs

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO

O termo originalidade ainda pode ser associado à música eletrônica? Softwares e equipamentos digitais são ferramentas capazes de promover uma imersão em beats e ritmos? A dance music funciona como evento de massa? Essas são algumas das questões que devem ser discutidas na primeira edição da Rio Music Conference, que começa hoje na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.
Hoje e amanhã, a RMC terá como foco os debates. De sexta a terça, as conversas cedem lugar à festa: haverá apresentação de DJs e produtores como David Guetta (sexta), Gui Boratto (sábado), Sven Vath (domingo), Armin Van Buuren (segunda) e Erick Morillo (terça).
As palestras e os workshops começam às 16h; as festas, no final da noite. A compra de ingresso pode ser feita pelo site do evento www.riomusiccon ference.com.br.
Principal software tanto para a produção de música eletrônica quanto para discotecagem (é possível recortar trechos de faixas ou tocar várias músicas ao mesmo tempo), o Ableton ganhará um workshop capitaneado pelo francês Amaury Groc, músico e especialista no software; o paulista Marky terá um painel sobre discotecagem.
"É um conceito diferente de produção", diz o produtor Dudu Marote, 43, sobre o Ableton. "Quando fazia apresentação do Ableton para amigos, pegava, por exemplo, uma música do Tom Jobim, como "Wave" e a transformava com batidas de house, de tecno. É um programa que permite utilizar qualquer material sonoro que você tenha de maneiras diversas. As fronteiras de tempo do arquivo são vencidas."
A RMC chega em um momento favorável à eletrônica no Brasil. O estilo movimentou, em 2008, o equivalente a R$ 500 milhões no país, entre ingressos, cachês e patrocínios pagos em eventos. A estimativa é dos organizadores da RMC.
Considerando-se o valor movimentado mundialmente pelo segmento em 2007 -US$ 3 bilhões-, o mercado brasileiro responde por cerca de 8% do PIB mundial de eletrônica.
"As festas são frequentadas por jovens da classe B, com poder aquisitivo considerável", diz Claudio Mazza, professor de produção de som da ESPM. (THIAGO NEY e SAMANTHA LIMA)


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