São Paulo, quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

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Projeto debate criação de cota para brasileiros

DA REPORTAGEM LOCAL

As discussões sobre proteção ao conteúdo nacional, aquecidas pelas declarações do assessor da Presidência da República, devem ter novos capítulos neste ano. Aprovado em dezembro na Câmara, o projeto de lei 29, que permite a entrada das telefônicas no negócio da TV paga, prevê, também, uma cota para programas nacionais.
O projeto, em trâmite há três anos, coloca no ringue emissoras de TV, empresas de telefonia e produtores independentes. A Associação Brasileira de TV por Assinatura tem declarado que a cota é uma reserva de mercado ineficaz.
Já a Associação Brasileira de Produtoras Independentes de TV argumenta que, ao aprovar tal medida, o Brasil estaria fazendo, tardiamente, o que o mundo inteiro já fez. "Isso foi feito no Canadá, na Europa, no mundo inteiro", diz Fernando Dias, presidente da entidade. "É uma maneira de organizar o setor, de fazer com que tenha conteúdo regional, voltado aos interesses do próprio país."
Entre quem bota a mão na massa para fazer filmes, as opiniões se dividem. "Qualquer imposição pode ser um tiro no pé", diz Bruno Barreto. "Na cultura, o mundo é protecionista. As cotas são um caminho para que se abra espaço", contra-argumenta Kiko Mistorigo.
(APS)

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