|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SHOW/ESTRÉIA
Bourbon Street recebe a cantora Wanda Rouzan
CARLOS CALADO
especial para a Folha
O ecletismo musical de Nova
Orleans volta a tomar conta do
Bourbon Street Music Club. A
cantora Wanda Rouzan abre
hoje uma temporada de três semanas na casa noturna.
"Sou uma cantora que cultiva
a música de Nova Orleans, do
jazz tradicional ao rhythm &
blues, passando pelos spirituals", disse a intérprete norte-americana à Folha, logo após
desembarcar em Cumbica, na
manhã de ontem.
Também compositora, atriz e
educadora, Rouzan diz que sua
formação musical é um pouco
diferente da maioria de seus
conterrâneos da Louisiana.
"Apesar de ter ouvido muito
Mahalia Jackson, não cheguei a
cantar em igrejas. Comecei aos
cinco anos, com minhas duas
irmãs, cantando em festas e
concursos de calouros. Gravei
meu primeiro disco com 13
anos", conta.
Entre suas primeiras influências, além das irmãs Laura e
Barbara, Wanda cita três divas
do jazz que abriram seus horizontes musicais: Ella Fitzgerald, Billie Holiday e Dinah
Washington.
O repertório de seus shows,
avisa Miss Rouzan, é variado
como a música de Nova Orleans. "Sempre canto alguns
blues, um ou outro clássico, como "When the Saints Go Marching In", rhythm & blues, como "Ooh Poo Pah Doo" ou canções de Fats Domino. Faço um
pouco de tudo", resume.
O fato de lecionar arte dramática para alunos de escolas
públicas de Nova Orleans,
acredita a cantora, influencia
ativamente seu desempenho
musical. "Dominar a arte dramática desenvolve a presença
no palco. É muito mais que somente cantar uma canção ou
entreter uma platéia, porque
você aprende a dançar, a se movimentar em cena."
Declarando-se fã da música
brasileira, Miss Rouzan conta
que chega a ser confundida nas
ruas. "Às vezes falam comigo
em português, porque acham
que tenho cara de brasileira."
A banda A Taste of New Orleans, que costuma acompanhá-la, é composta por Amadee Castenell (sax e flauta),
Daryl Lavigne (teclados), Chris
Severin (baixo) e Bernard
Johnson (bateria).
Show: Wanda Rouzan
Onde: Bourbon Street (r. dos Chanés, 127, Moema, tel. 5561-1643)
Quando: hoje, às 22h30; sex e sáb, à 0h; ter e qua, às 22h30; até 6 de março
Quanto: R$ 18 (ter e qua), R$ 20 (qui) e R$ 28 (sex e sáb)
Texto Anterior: Cinema-tréplica - Inácio Araújo: Benigni arrisca tornar o Holocausto uma ficção Próximo Texto: Cinema: Berlim vê hoje 'O Primeiro Dia', de Salles Índice
|