São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2008 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mostra e livro revêem obra de Andrade Um dos mais importantes nomes da geração 80, artista ganha exposição em galeria e edição da Cosac Naify DA REPORTAGEM LOCAL
Um pouco mais da história
da geração 80 é contada a partir
de hoje, com a abertura da exposição de Rodrigo Andrade,
46, na galeria Marilia Razuk,
em São Paulo, acompanhada de
lançamento de livro da Cosac
Naify sobre sua trajetória.
A mostra -com telas, objetos
e um vídeo- e a publicação
atestam a leitura de que alguns
dos principais artistas dessa geração realizaram desdobramentos de grande força às suas
obras, por vezes muito distantes de seus passos iniciais.
"Foi um caminho sinuoso,
cheios de idas e vindas, embates entre figuração e abstração.
Mas acho que minha pintura
está mais essencial", avalia Andrade, que integrava um dos
mais famosos agrupamentos da
geração 80, o Casa 7 -que contava também com Nuno Ramos, Fábio Miguez, Carlito
Carvalhosa e Paulo Monteiro.
Com exceção de Ramos, todos eram colegas do colégio
Equipe e dividiam, já em 1977,
as tarefas na revista de HQ "Papagaio", junto de nomes como
Nando Reis e Marcelo Fromer
-que formariam depois os Titãs- e a artista Leda Catunda.
A primeira exposição do Casa
7, em 1984, no Paço das Artes,
chamou a atenção da mídia e,
no ano seguinte, viria a definitiva inserção no sistema de artes
da época: a participação do grupo na 18ª Bienal de São Paulo,
com curadoria de Sheila Leirner, que marcaria o evento com
sua proposta da "grande tela".
"Estávamos realmente muito reconhecidos, havia uma badalação forte em cima de nós,
jovens pintores. Era um pouco
o que a moda é hoje, tinha algo
de futilidade nessa cena toda e
eu comecei a ficar de saco
cheio", conta ele.
Após variadas fases, Andrade
acredita que 1999 foi o ano-chave em sua trajetória, quando expõe na mesma galeria série com retângulos de tinta
aplicados diretamente sobre a
tela. Em 2000, a série ganha o
espaço no "Projeto Parede", no
MAM-SP, e até hoje é base de
seu trabalho.
O livro da Cosac Naify tem
textos de Alberto Tassinari e
Taisa Palhares (R$ 80; 224
págs.).
(MARIO GIOIA)
RODRIGO ANDRADE Quando : abertura hoje, às 19h30; de seg. a sex., das 10h30 às 19h, e sáb., das 11h às 15h; até 28/4 Onde: galeria Marilia Razuk (r. Jerônimo da Veiga, 62, tel. 0/xx/11/ 3079-0853) Quanto: entrada franca Texto Anterior: Crítica/exposição/"Segall Realista": Mostra apresenta Segall muito além do expressionismo Próximo Texto: Memória: Ex-baterista do grupo Abba é encontrado morto na Espanha Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |