da Redação

Norman Jewison é um desses cineastas com sensibilidade para o Oscar: concorreu na categoria melhor direção em 1967, com "No Calor da Noite", em 1971, com "Um Violinista no Telhado", em 1987 com "Feitiço da Lua".
Nunca ganhou o prêmio de melhor direção, mas "No Calor da Noite" levou o Oscar de filme e, de certo modo, define o essencial da carreira de Jewison: sentido de atualidade (é um policial sobre a questão racial), tratamento de grandes temas humanos, pensamento liberal e busca de impacto.
Talvez a conjunção de todos esses fatores leve Jewison a ser um cineasta com muitos filmes de sucesso -além dos que concorreram aos Oscar principais, convém lembrar "Os Russos Estão Chegando" (1966), gozação com a paranóia americana de invasão pela URSS, "Rollerball - Os Gladiadores do Futuro" (1975), ficção científica tendo por eixo a violência institucional, "F.I.S.T." (1979), sobre máfias sindicais, o musical "Jesus Cristo Superstar" (1973), "Com o Dinheiro dos Outros" (1991), sobre a ação de especuladores que compram empresas para melhor liquidá-las.
Em termos de sucesso e reconhecimento, o balanço é bem favorável a este cineasta, ainda que a posteridade não tenha se mostrado, na maior parte dos casos, muito favorável a seus trabalhos. (IA)


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