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CINEMA
Gus Van Sant, Cronenberg e Lars Von Trier são alguns dos cotados para a seleção competitiva, que será divulgada amanhã
Cannes deve abrigar "grandes nomes"
JACQUES MANDELBAUM
THOMAS SOTINEL
DO "MONDE"
A lista dos filmes selecionados
para a competição no 58º Festival
de Cannes, que acontece de 11 a 22
de maio, só será divulgada oficialmente amanhã, mas já circulam
rumores a respeito dos títulos
mais fortes da seleção oficial.
Thierry Frémeaux, diretor artístico do festival, define 2005 como
um ano de "grandes nomes", com
o retorno de grandes autores, depois de uma edição 2004 marcada
pelo ecletismo.
A prova é a lista dos filmes cuja
presença em competição é quase
certa: "Last Days", de Gus Van
Sant, "A History of Violence", de
David Cronenberg, "Don't Come
Knockin'", de Wim Wenders,
"Manderlay" (a segunda parte da
trilogia sobre a América iniciada
com "Dogville"), de Lars von
Trier, "L'Enfant", dos belgas Luc e
Jean-Pierre Dardenne, "Caché",
do austríaco Michael Haneke, e a
volta de Jim Jarmusch, que não
realizava longas-metragens desde
"Ghost Dog", de 1999. Ele retorna
com um filme dedicado ao francês Jean Eustache (1938-1981), diretor do polêmico "La Maman et
la Putain" (de 1973).
Na categoria dos nomes ainda
sem definição, cogita-se o chinês
Tsui Hark. Sua adaptação do romance chinês no qual Kurosawa
inspirou seu "Os Sete Samurais"
foi inicialmente cogitada para a
sessão de abertura do festival, mas
parece que o filme não ficará
pronto a tempo.
Ainda no registro do grande espetáculo, desta vez intergaláctico,
é quase certa a exibição da última
parte da segunda trilogia "Guerra
nas Estrelas", o episódio "A Vingança de Sith", no domingo, dia
15 de maio, fora da competição.
Valores ascendentes
Fiel à sua vocação de promover
valores ascendentes, a seção "Un
Certo Olhar" reservará lugares especiais para obras vindas do Brasil, do México e da Alemanha.
O documentário "Entreatos",
de João Moreira Salles, deve participar do festival.
O segundo filme do mexicano
Carlos Reygadas, autor do elogiado "Japón", pode ir parar na competição oficial.
Pelo terceiro ano consecutivo, a
programação de filmes de ficção e
documentários (dentro da seleção oficial, mas fora de competição) no teatro Buñuel levará ao
festival as realidades mais oportunas do mundo hoje.
Deve estar presente o israelense
Avi Mograbi com um documentário sobre o conflito entre Israel e
Palestina, do cambojano Rithy
Panh (de "13-S21, A Máquina de
Morte do Khmer Vermelho"),
que retorna desta vez com uma
obra de ficção sobre o genocídio
ocorrido em seu país sob a ditadura do Khmer Vermelho, enquanto o britânico Adam Curtis tratará da atual política norte-americana.
Colaborou a reportagem local
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