DANIEL CASTRO
da Reportagem Local

Uma das três únicas opções entre as rádios que tocam rock e pop, junto com a 89 FM e a Brasil 2000, a Mix FM também vai deixar órfãos.
A rádio, que está no ar há três anos e meio em São Paulo e que divide o 17º lugar do Ibope com a Energia 97 (26.200 ouvintes por minuto), promete que não irá tocar pagode ou "sucessos", mas avisa que deixará paulatinamente de ser fiel ao rock, adotando o pop mais acessível, como o dos Backstreet Boys, e investindo no pop nacional.
A Mix FM, do grupo Unip/ Objetivo, acaba de contratar como superintendente Marcelo Braga, 35, um "fazedor" de rádios campeãs de audiência.
Braga foi responsável pela liderança da Transamérica, entre dezembro de 91 e abril de 94, e da Cidade, que ocupa o topo do Ibope paulistano desde maio de 95 -um recorde.
Braga diz que a Mix vai passar longe do que a Cidade é hoje e que ficará próxima do que era a Transamérica em 92, tocando Nirvana e no topo. "Vamos ser especializados em público (jovem qualificado, até 29 anos), e não em música (rock e pop)", afirma. A primeira mudança será na linguagem, que ele quer "mais objetiva".
Fernando Di Gênio, diretor da Mix, decreta: "A idéia é continuar com o público jovem e fazer acertos na linha musical para estarmos entre as dez mais até o final de 99 e brigar pela liderança no ano que vem".


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