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POLÍTICA CULTURAL
Programa discutiu lei do audiovisual
"Roda Viva" vira bate-boca em torno de "Homem-Aranha"
DA REPORTAGEM LOCAL
O "Roda Viva" (TV Cultura)
sobre a nova lei do audiovisual teve até bate-boca, mantendo o clima quente das discussões em torno das regras recentemente propostas pelo Ministério da Cultura.
O entrevistado de anteontem foi
Juca Ferreira, secretário-executivo da pasta e um dos idealizadores do texto de criação da Ancinav
(Agência Nacional do Audiovisual) -que regulamenta o mercado de cinema e TV e cria taxas
para o setor. No programa, ao vivo, ele ficou no centro de um "tiroteio", já que quase toda a bancada de entrevistadores era formada por representantes do mercado contrários às propostas.
Houve bate-boca entre Ferreira
e Rodrigo Saturnino, diretor da
distribuidora Columbia. No centro da discussão, estava o "Homem-Aranha", lançado pela empresa no Brasil com 650 cópias.
Ferreira usou esse exemplo para
mostrar como uma produção estrangeira pode ocupar cerca de
um terço das 1.800 salas de cinema do país. Se a lei for aprovada,
haverá uma taxação para filmes
lançados em mais de 200 salas.
"Quer fazer assim? Vai pagar
uma taxa para o desenvolvimento
do audiovisual brasileiro", disse
Ferreira. Saturnino respondeu
que um lançamento nesses moldes estará inviabilizado no país
caso a nova lei entre em vigor e
que salas de pequenas cidades serão prejudicadas, já que não iriam
receber grandes lançamentos.
Um interrompia o outro, e Ferreira chegou a se dirigir ao apresentador Paulo Markun: "Peço
que garanta a minha palavra".
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