|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Desconhecido" é visto com reservas
DA REPORTAGEM LOCAL
"Alfons quem...?" A pergunta é
unânime. O novo curador da 25ª
Bienal de São Paulo é um desconhecido no meio artístico nacional. Poucos galeristas já travaram
contato com Hug e nenhum pode
avaliar o impacto que seu trabalho poderá acarretar.
Entretanto é unânime o apoio à
escolha de um curador não-brasileiro. "Acho perfeito que haja um
curador estrangeiro, assim como
é bom que brasileiros assumam
curadorias no exterior", diz o galerista Thomas Cohn.
Mais reticente, o diretor do Museu de Arte Contemporânea, Teixeira Coelho, acha que a escolha
de um estrangeiro faz parte da
atual lógica da arte. "Talvez não
fosse ainda o momento. A tendência de curadores estrangeiros
está transformando o sistema de
bienais em uma mostra com os
mesmos artistas. Vai depender do
projeto de Hug", diz.
Outra opinião partilhada por
galeristas paulistas é que Hug não
é o melhor nome entre os curadores internacionais. "Acho que
existem outros nomes de ponta
na arte contemporânea interessados na arte brasileira, diferentemente desse alemão, que tem
pouco envolvimento com arte
brasileira", diz Ricardo Trevisan,
da Casa Triângulo.
A participação internacional
mais importante no currículo de
Hug é como subcurador da Bienal
de Dakar, no Senegal, em 98. "Aí
complica", diz o galerista André
Millan. Mas a expectativa geral é
positiva. Márcia Fortes, da Camargo Vilaça, sintetiza opinião de
muitos galeristas: "Tudo é possível. Depois de tanta crise, é bom
ser positivo. Ele pode fazer um
bom dever de casa".
(FCy)
Texto Anterior: Artes Plásticas: Curador da Bienal vem acertar sua equipe Próximo Texto: Ivo Mesquita assume o MAM Índice
|