São Paulo, sábado, 18 de novembro de 2000

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"Desconhecido" é visto com reservas

DA REPORTAGEM LOCAL

"Alfons quem...?" A pergunta é unânime. O novo curador da 25ª Bienal de São Paulo é um desconhecido no meio artístico nacional. Poucos galeristas já travaram contato com Hug e nenhum pode avaliar o impacto que seu trabalho poderá acarretar.
Entretanto é unânime o apoio à escolha de um curador não-brasileiro. "Acho perfeito que haja um curador estrangeiro, assim como é bom que brasileiros assumam curadorias no exterior", diz o galerista Thomas Cohn.
Mais reticente, o diretor do Museu de Arte Contemporânea, Teixeira Coelho, acha que a escolha de um estrangeiro faz parte da atual lógica da arte. "Talvez não fosse ainda o momento. A tendência de curadores estrangeiros está transformando o sistema de bienais em uma mostra com os mesmos artistas. Vai depender do projeto de Hug", diz.
Outra opinião partilhada por galeristas paulistas é que Hug não é o melhor nome entre os curadores internacionais. "Acho que existem outros nomes de ponta na arte contemporânea interessados na arte brasileira, diferentemente desse alemão, que tem pouco envolvimento com arte brasileira", diz Ricardo Trevisan, da Casa Triângulo.
A participação internacional mais importante no currículo de Hug é como subcurador da Bienal de Dakar, no Senegal, em 98. "Aí complica", diz o galerista André Millan. Mas a expectativa geral é positiva. Márcia Fortes, da Camargo Vilaça, sintetiza opinião de muitos galeristas: "Tudo é possível. Depois de tanta crise, é bom ser positivo. Ele pode fazer um bom dever de casa". (FCy)



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