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COMIDA & BEBIDA
o bom e o barato dos espumantes
Para as festas de fim de ano, colunista faz seleção com dez rótulos com bom
custo-benefício de 6 países, do Chile à Espanha, e indica onde comprá-los em SP
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Exuberantes em seu visual
borbulhante, um convite sedutor à comemoração, os espumantes voltam à tona com toda
força no fim do ano. E num
mercado de vinhos como o do
Brasil, cada vez mais sofisticado, há um bom e variado elenco
de espumantes para celebrar a
contento as próximas festas.
Entre eles, claro, estão os nacionais. Os vinhateiros gaúchos
têm criado goles de diversos estilos, tanto ligeiros e perfumados como o Ponto Nero, da estreante Domno, ou frutados e
vigorosos, como o rosado da
Luis Argenta, jovem adega de
Flores da Cunha, que surpreendeu pela qualidade desde
as primeiras safras.
Chile e Argentina, renomados pelos tintos, vêm apresentando ultimamente melhores
brancos, oriundos de climas
mais frios e elaborando com
eles alguns espumantes com
bom frescor e agradáveis.
Já no Velho Mundo, a terra
dos divinos champanhes franceses, soberanos do reino das
borbulhas e dos complexos
franciacortas, do norte da Itália, no item custo-benefício, as
melhores opções são da península Ibérica.
Do lado espanhol, por exemplo, há belos cavas, espumantes
elaborados principalmente na
Catalunha e que trazem o sabor único das uvas nativas do
país. Do lado luso, alguns -como o elegante rosado de Luis
Pato- têm como berço a Bairrada, centro de Portugal, tal como a Catalunha, uma região
com tradição secular na elaboração de espumantes. Outros
vêm de cantos mais conhecidos
pelos tintos robustos do que
pelas borbulhas, como o delicioso Vértice, do Douro.
Ao fazer a escolha, lembre
que os brut, sejam nature (com
menos de três gramas de açúcar por litro), extra-brut (menos de seis g/l) ou simplesmente brut (menos de 15 g/l) são os
mais secos e apropriados para
acompanhar a refeição. A seguir, estão os extra-dry (entre
12 e 20 gramas de açúcar por litro), categoria onde militam
muitos proseccos italianos (como o recomendado), boa escolta para doces e frutas.
Brancos ou rosados, brut ou
não, os espumantes são servidos entre 6 e 8º C, temperatura
que realça a sua borbulhante
vivacidade e sabor. Deixar a bebida no ponto certo não é difícil. Basta mergulhar a garrafa
de 30 a 40 minutos num balde
com gelo e água para que as
simpáticas bolinhas fiquem
prontas para o tim-tim.
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