São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

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COMIDA & BEBIDA

o bom e o barato dos espumantes

Para as festas de fim de ano, colunista faz seleção com dez rótulos com bom custo-benefício de 6 países, do Chile à Espanha, e indica onde comprá-los em SP

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Exuberantes em seu visual borbulhante, um convite sedutor à comemoração, os espumantes voltam à tona com toda força no fim do ano. E num mercado de vinhos como o do Brasil, cada vez mais sofisticado, há um bom e variado elenco de espumantes para celebrar a contento as próximas festas.
Entre eles, claro, estão os nacionais. Os vinhateiros gaúchos têm criado goles de diversos estilos, tanto ligeiros e perfumados como o Ponto Nero, da estreante Domno, ou frutados e vigorosos, como o rosado da Luis Argenta, jovem adega de Flores da Cunha, que surpreendeu pela qualidade desde as primeiras safras.
Chile e Argentina, renomados pelos tintos, vêm apresentando ultimamente melhores brancos, oriundos de climas mais frios e elaborando com eles alguns espumantes com bom frescor e agradáveis.
Já no Velho Mundo, a terra dos divinos champanhes franceses, soberanos do reino das borbulhas e dos complexos franciacortas, do norte da Itália, no item custo-benefício, as melhores opções são da península Ibérica.
Do lado espanhol, por exemplo, há belos cavas, espumantes elaborados principalmente na Catalunha e que trazem o sabor único das uvas nativas do país. Do lado luso, alguns -como o elegante rosado de Luis Pato- têm como berço a Bairrada, centro de Portugal, tal como a Catalunha, uma região com tradição secular na elaboração de espumantes. Outros vêm de cantos mais conhecidos pelos tintos robustos do que pelas borbulhas, como o delicioso Vértice, do Douro.
Ao fazer a escolha, lembre que os brut, sejam nature (com menos de três gramas de açúcar por litro), extra-brut (menos de seis g/l) ou simplesmente brut (menos de 15 g/l) são os mais secos e apropriados para acompanhar a refeição. A seguir, estão os extra-dry (entre 12 e 20 gramas de açúcar por litro), categoria onde militam muitos proseccos italianos (como o recomendado), boa escolta para doces e frutas.
Brancos ou rosados, brut ou não, os espumantes são servidos entre 6 e 8º C, temperatura que realça a sua borbulhante vivacidade e sabor. Deixar a bebida no ponto certo não é difícil. Basta mergulhar a garrafa de 30 a 40 minutos num balde com gelo e água para que as simpáticas bolinhas fiquem prontas para o tim-tim.




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