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Berço do funk no Brasil, o Rio só foi ver show do Bonde no final de 2006
DA REPORTAGEM LOCAL
Sucesso no exterior, apresentações em São Paulo, Florianópolis, Recife... Por incrível que
pareça, a primeira vez que o
Bonde do Rolê tocou no Rio de
Janeiro, terra do funk carioca,
foi no Tim Festival, realizado
em outubro do ano passado.
Por que demoraram tanto
para fazer show no Rio? Há um
preconceito por parte dos funkeiros cariocas?
"De algumas pessoas, sim,
mas tem muita gente legal lá
que gosta da gente", afirma a
vocalista Marina Ribatski.
O grupo não tem bom relacionamento com o principal artista do estilo, o DJ Marlboro.
"Ele chegou a dizer que nós somos legais, mas que "falta um
hit'", diz Rodrigo Gorky. "É
porque não somos produzidos
por ele", fala Pedro D'Eyrot.
Marlboro, por sua vez, diz
que não gosta das letras do
Bonde do Rolê. "Não gosto da
quantidade de palavrões nas letras deles. Tem muita criança
que gosta de funk carioca, temos que ter responsabilidade.
O funk é um veículo de comunicação com a criançada."
O fato de a banda ser de Curitiba, afirma Marlboro, não tira
espaço do Bonde no Rio de Janeiro. "Já lancei banda do Rio
Grande do Sul, do Espírito Santo, de Brasília. O funk deixou de
ser carioca para ser brasileiro."
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