São Paulo, domingo, 19 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Personagem gay rompe estigmas, diz ator de série

EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

O Universal Channel reprisa hoje, às 20h, o primeiro episódio da 3ª temporada de "Brothers & Sisters", que retorna com olhos voltados para o recém-casado personagem Kevin (Matthew Rhys). Em especial para a sua carreira e seus conflitos pessoais e profissionais com a família. Para o galês Rhys, 34, que no mês passado promoveu a série no Brasil, o episódio é um bom exemplo de que ser gay não é o aspecto mais importante do personagem.
"Quando o roteirista Jon Robin Baitz criou o papel de Kevin ele tinha a ideia de que o personagem seria gay apenas "por acaso". Ele não seria orientado pela sexualidade. Os problemas de relacionamento que ele teve no começo, por exemplo, não eram específicos de um homem gay", disse ele à Folha.
Como advogado gay bem-sucedido, no entanto, Kevin tem sido uma plataforma para discutir questões como homossexualidade versus religião (ele já namorou um pastor), os conflitos com os conservadores republicanos, como seu cunhado Robert (Rob Lowe). E, por fim, o casamento gay com Scotty (Luke Macfarlane). Para Rhys, o fato de Kevin ser "centrado", e não um "gay conturbado", tem lá seus reflexos positivos.
"Essa representação é algo que rompe estigmas e estereótipos, pois os tópicos são relevantes, atraem e afetam uma audiência mais global", disse o ator, adiantando que o casamento entre Kevin e Scotty sofrerá um "espasmo" no meio desta temporada, que verá ainda problemas de saúde e na relação para os casais Robert e Kitty, e Tommy e Julia.

Novelão
Para Rhys, a série lembra antigos novelões familiares como "Dinastia" e "Dallas", mas há diferenças: "É menos melodramática e os assuntos abordados são mais relevantes e ligados ao momento, como questões políticas ou a guerra no Iraque", disse o ator, para quem o sucesso da série também se deve ao elenco. "Às vezes nos divertimos tanto que nos chamam a atenção de que estamos ali para trabalhar, não para brincar. Isso cria uma familiaridade que reflete na boa química na tela."


Texto Anterior: Crítica/série/"Epitáfios": Roteiristas jogam com pistas falsas e manuseiam clichês em série madura
Próximo Texto: "Dr. Jivago" é o próximo filme da Coleção Folha Clássicos do Cinema
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.