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"Não dá para negar a idade", diz Ford, sobre cenas de ação
"É bom ver o trem saindo da
estação", diz Harrison Ford, visivelmente aliviado com a proximidade do lançamento de
"Indiana Jones 4".
Durante os 19 anos que separaram "Indiana Jones e a Última Cruzada" da nova saga,
Ford foi apontado como o
maior responsável pelo atraso
do filme. Ele teria relutado em
levar adiante uma história com
cara de "pulp fiction" (ficção
barata) e sido a principal voz
contra os roteiros anteriores
(escritos por, entre outros, M.
Night Shyamalan e Frank Darabont). "Isso é tudo especulação. Minha preocupação, assim
como a de Spielberg e George
Lucas, foi só que o filme estivesse à altura dos outros três".
Na entrevista coletiva, Spielberg corroborou a versão de
Ford. "Quem mais hesitou fui
eu. Estava numa fase "dark", dirigindo dramas históricos importantes para que meus filhos
vissem no futuro, e todos nos
envolvemos em outros projetos. Mas, a partir do momento
que chegou o roteiro de David
Koepp, concordamos ter chegado a uma boa história, e logo
me envolvi completamente."
Dado o sinal verde para a
produção, Harrison Ford começou a se preparar para as estripulias do personagem. "Corro, pulo, me atiro no chão, mas
não faço as mais arriscadas. Essas ficam por contas dos dublês, coordenados por um gênio chamado Gary Powell".
Mesmo nas cenas físicas, no entanto, ele procurou se poupar.
"Não dá para negar minha idade, precisava diminuir ao máximo o risco de acidentes. Em
dois dos três filmes anteriores
me machuquei um tanto seriamente, o que acabou atrasando
as filmagens. Não queria repetir essa experiência".
Em relação a sua relativa ausência das telas nos últimos
anos, Harrison Ford diz ser fruto de cautela. "Eu espero até
encontrar um projeto de que
goste e que o público também
ache interessante. Além disso,
procuro projetos de profissionais com quem tenha interesse
em trabalhar, mas nem sempre
há um personagem adequado
para mim", conclui.
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