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São Paulo, terça, 19 de maio de 1998
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Texto Anterior | Próximo Texto | Índice OUTROS LANÇAMENTOS Natalie Imbruglia Por alguma trapaça divina, lábios carnudos e belos olhos azuis não significam muita coisa em música. Mas "Left of the Middle" (BMG), de Natalie Imbruglia, vende milhões na Europa, e a pop-lixo "Torn" entope a programação das "rádios rock" brasileiras. Ex-surfista e ex-atriz, a australiana moçoila faz algo bem próximo de nauseante; um bom sinal, talvez, de que não haja segundo álbum. Porque esse, perdão, é de embrulhar o estômago. (MN) Van Halen O Van "Jump" Halen troca pela terceira vez de vocalista para continuar o mesmo de sempre, atolado no hard rock histérico da década passada. "Van Halen 3" (WEA) vem agora com Gary Cherone, ex-Extreme (lembra?), só porque as bandas, mais o Rush, têm o mesmo empresário. Mera questão prática. Até que Sammy Haggar não faz muita falta; Cherone se esforça em imitá-lo. Aliás, Van Halen também não faz falta nenhuma. (MN) Querosene Jacaré A banda é de Recife (xodó do Abril Pro Rock), mas os overdrives do mangue beat passam ao largo do álbum de estréia do Querosene Jacaré, "Você Não Sabe da Missa Um Terço"(Paradoxx). É rock'n'roll básico e simples -déjà-vu, diga-se-, sem perder o acento pernambucano (nas letras e na música), como em "O Boby", "Catador de Papelão" e "Ciranda para U2". É um encontro entre Raul Seixas, Ira! e The Who, este em menor escala. (MN) Spacehog Em seu segundo álbum, a banda nova-iorquina tenta, em vão, se firmar com uma sonoridade glam (David Bowie, T. Rex e Roxy Music) e grunge ao mesmo tempo. Não consegue nenhum dos dois em "The Chinese Album" (WEA). Fica claro que, ouvindo esse disco, o Spacehog é daquelas bandas de um hit só, "In the Meantime", do álbum "Resident Alien" (96). E para eles já está de bom tamanho. (MN) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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