|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Gregos e renascentistas"
da Reportagem Local
No seu trato com as questões de profundidade e superfície, Carlos Fajardo tem
interlocutores tão distintos
quanto gregos e renascentistas. Veja a seguir um
pouco desse "diálogo".
(CEM)
"Os gregos pensavam que o cone de luz, como chama a turma
do Renascimento, a pirâmide
luminosa, ia dar dentro do
olho, em uma superfície côncava. O renascentista resolveu fazer com que isso fosse uma superfície plana.
O que pensa o renascentista
sobre esse cone que vem das
pontas de um objeto até a minha retina? Que se você colocar
em algum lugar uma espécie
de plano transparente, uma
"janela para o invisível', os
pontos que você marca nesse
plano formam a imagem. A
profundidade é tudo que está
dessa imagem para dentro. O
que está lá não é a figura, mas
o seu olho projetado no infinito. A idéia do infinito precisa
de você. É uma idéia maravilhosa da figura humana.
O que eu fiz. Peguei uma máquina fotográfica, que repõe a
questão da profundidade, da
objetiva até o plano da fotografia, e pensei em fazer fotografias cuja ênfase não esteja
na profundidade."
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|