São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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TELEVISÃO

Carreira deslancha na década de 80; papéis italianos marcam atuação recente

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi já quarentão e veterano no cinema e nos palcos que Raul Cortez deslanchou na televisão. Até então, atuara em novelas da TV Excelsior, Tupi e Bandeirantes. Mas foi em "Água Viva", de 1980, que iniciou uma seqüência de papéis marcantes na Globo, emissora na qual encerrou a carreira.
Na estréia global, foi um cirurgião plástico que disputava com o personagem de Reginaldo Faria o amor de uma moça (Betty Faria). No ano seguinte, interpretou o pai dos gêmeos (Tony Ramos) em "Baila Comigo". Em 1984, teve uma das mais marcantes atuações, em "Partido Alto", como o bicheiro Célio Cruz. Em seu site oficial, Cortez conta uma história curiosa desse tempo, quando teve sua casa invadida. "Corri aos berros e me deparei com os ladrões. Quando me viram, baixaram as armas e saíram imediatamente. Tempos depois, foram capturados e, no interrogatório, responderam que se espantaram ao ver Célio Cruz."
Na década de 90, o ator interpretou uma seqüência de papéis italianos em novelas de Benedito Ruy Barbosa. O primeiro, em 1996, foi Jeremias Berdinazzi, em "O Rei do Gado". Era rival de Bruno Mezenga (Antonio Fagundes). Em 1999, foi Francesco Magliano, em "Terra Nostra". Na trama, a atriz Maria Fernanda Cândido formou com Cortez um par romântico de muito sucesso. Apesar da diferença de idade, o casal tinha uma química rara até entre mocinhos. Galante, Francesco chamava a amada de "amore mio", expressão que se popularizou à época.
A trinca ítala se encerrou com "Esperança", em 2002, não tão bem sucedida como as anteriores, em que ele interpretou Genaro, pai do herói.
Seu último trabalho foi uma participação especial na minissérie "JK" (2006). Mas em "Senhora do Destino" (2004), quando descobriu a doença, Cortez se despediu do público com o irresistível charme do Barão de Bonsucesso.
(LAURA MATTOS)


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