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Brüno amarela
Filme estrelado por ator de ‘Borat’tem cortadas duas cenas: uma com uso de
vibrador e a outra passada em um clube de suingue
RAQUEL COZER
DA REPORTAGEM LOCAL
O filme "Brüno" que os brasileiros podem ver desde sexta
teve cortes em relação ao longa
tal como foi exibido nos cinemas norte-americanos.
A produção que ironiza o
universo da moda, estrelada
pelo britânico Sacha Baron Cohen -criador de "Borat"-, tem
fortes cenas de sexo, o que causou inclusive sua proibição na
Ucrânia. No Reino Unido, cenas foram atenuadas para permitir a exibição a adolescentes.
Um trecho deixado de fora
por aqui foi um dos mais comentados pela imprensa internacional após a estreia nos
EUA. Logo no início do filme,
foi eliminada a cena em que o
namorado do protagonista pedala uma bicicleta ergométrica
com um vibrador na ponta -na
extremidade do qual está Brüno, o próprio.
Outro trecho excluído se passa em um clube de suingue. A
cena de sexo continua, mas alguns takes "mais explícitos",
segundo a Sony no Brasil, foram eliminados.
A assessoria de imprensa informou, por nota, que "a pedido
do ator Sacha Baron Cohen, os
brasileiros verão uma versão
diferente do filme "Brüno" [...].
A versão será a mesma que estreou na Austrália, que é um
pouco diferente com pequenas
modificações nos rolos 1 e 5."
Mas não soube explicar se as
modificações ocorreram em
outros países nem por que ele
teria pedido alterações só nesses dois locais. O filme estreou
em 25 de junho nos EUA e, em
8 de julho, na Austrália. Depois,
estreou em mais 34 países.
Segundo a empresa, os cortes
não passam de um minuto e a
intenção não foi reduzir a classificação indicativa -a classificação pedida pela empresa e
aprovada no "Diário Oficial" de
22 de julho foi "não recomendado para menores de 18 anos".
Acontece que o filme que os
jornalistas viram na exibição
para a imprensa, alguns dias
antes da estreia, estava na íntegra -o que acabou repercutindo na internet. No Cultblog, o
crítico de cinema Marcelo Janot observou que "algumas cenas foram simplesmente excluídas, deixando certas piadas
incompreensíveis".
Michael Jackson
Segundo o advogado Hermano de Villemor Amaral Neto,
um filme só pode ser cortado
com autorização da matriz.
"Não creio que, nesse caso, alguém fizesse cortes sem autorização", diz ele, que viu o longa e
achou "uma coisa horrível".
O distribuidor e diretor André Sturm diz que, mesmo com
variações nos contratos, não há
hipótese de um filme ser cortado sem autorização.
O que dá a entender que Baron Cohen realmente voltou
atrás em relação às cenas que
estavam no filme. O longa já havia sofrido cortes na época da
estreia -quando foi removida
uma sequência envolvendo a irmã de Michael Jackson, LaToya, após a morte do astro.
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