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Filme sobre ataques do PCC tenta vaga no Oscar
"Salve Geral" foi o eleito para buscar indicação
AUDREY FURLANETO
DA SUCURSAL DO RIO
"Salve Geral", de Sergio Rezende, vai representar o Brasil
na disputa por uma vaga entre
os cinco indicados à categoria
de melhor filme estrangeiro do
Oscar 2010. O longa foi selecionado por uma comissão do Ministério da Cultura que avaliou
dez inscritos.
Com estreia nacional no próximo dia 2, o longa foi classificado por Silvio Da-Rin, secretário do Audiovisual e membro
da comissão, como um filme de
"qualidade artística e técnica,
que dialoga com um tema importante do país, a violência".
Nele, Andréa Beltrão é Lúcia,
viúva de classe média que quer
tirar da prisão o filho Rafael
(Lee Thalor). Ela se envolve em
missões de uma organização
criminosa que, no Dia das
Mães, faz uma série de ataques
em São Paulo -os ataques do
Primeiro Comando da Capital
(PCC), em maio de 2006.
O tema da violência já surgiu
(e não emplacou) em outros indicados brasileiros à vaga para
entrar na disputa do Oscar, como "Última Parada 174" e "Carandiru". Para a jurada Ivana
Bentes, doutora em Comunicação pela Universidade Federal
do Rio (UFRJ), a comissão não
tentou "agradar a academia".
"Isso seria uma coisa esotérica. Já entraram tantos filmes
distintos. É imponderável." Já
o diretor Sérgio Rezende, 58,
afirma que ter a violência como
tema não significa seguir tendência de mercado ou ser um
apelo ao público ou à academia.
"Por ser exatamente o que
mais aflige a humanidade, a
violência tem espaço na dramaturgia, mas não acho que é passaporte para nada. No cinema,
a questão básica é a qualidade."
Orçado em R$ 9 milhões, "Salve Geral" disputou a vaga com
"A Festa da Menina Morta", de
Matheus Nachtergaele e "Jean
Charles", de Henrique Goldman, entre outros.
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