São Paulo, sábado, 19 de setembro de 2009

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Filme sobre ataques do PCC tenta vaga no Oscar

"Salve Geral" foi o eleito para buscar indicação

AUDREY FURLANETO
DA SUCURSAL DO RIO

"Salve Geral", de Sergio Rezende, vai representar o Brasil na disputa por uma vaga entre os cinco indicados à categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar 2010. O longa foi selecionado por uma comissão do Ministério da Cultura que avaliou dez inscritos.
Com estreia nacional no próximo dia 2, o longa foi classificado por Silvio Da-Rin, secretário do Audiovisual e membro da comissão, como um filme de "qualidade artística e técnica, que dialoga com um tema importante do país, a violência".
Nele, Andréa Beltrão é Lúcia, viúva de classe média que quer tirar da prisão o filho Rafael (Lee Thalor). Ela se envolve em missões de uma organização criminosa que, no Dia das Mães, faz uma série de ataques em São Paulo -os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC), em maio de 2006.
O tema da violência já surgiu (e não emplacou) em outros indicados brasileiros à vaga para entrar na disputa do Oscar, como "Última Parada 174" e "Carandiru". Para a jurada Ivana Bentes, doutora em Comunicação pela Universidade Federal do Rio (UFRJ), a comissão não tentou "agradar a academia".
"Isso seria uma coisa esotérica. Já entraram tantos filmes distintos. É imponderável." Já o diretor Sérgio Rezende, 58, afirma que ter a violência como tema não significa seguir tendência de mercado ou ser um apelo ao público ou à academia.
"Por ser exatamente o que mais aflige a humanidade, a violência tem espaço na dramaturgia, mas não acho que é passaporte para nada. No cinema, a questão básica é a qualidade." Orçado em R$ 9 milhões, "Salve Geral" disputou a vaga com "A Festa da Menina Morta", de Matheus Nachtergaele e "Jean Charles", de Henrique Goldman, entre outros.

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