São Paulo, sábado, 19 de outubro de 2002

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JANTAR DE LULA

Brilho vermelho

E não pára a troca de telefonemas entre os principais empresários brasileiros e entre algumas das socialites mais badaladas de São Paulo. Todos querem discutir o "day after" do jantar que Ivo Rosset, da Valisére, ofereceu a Lula no salão de seu prédio, nos Jardins.
 
Quem foi? Quem não foi? Que vinho tomaram? Como Eleonora Mendes Caldeira, mulher de Ivo, estava vestida? E Marta Suplicy? E a Marisa do Lula? A coluna driblou a segurança e entrou na festa -devidamente convidada por um dos convidados. E sabe de tudo.
 
Quem não foi? Lázaro Brandão, do Bradesco, Pedro Moreira Salles, do Unibanco, Paulo Setubal, do Itaú, Horacio Piva, da Fiesp, Jorge Gerdau, do grupo Gerdau, Jorge Paulo Lemann, do GP, Marcel Telles, da Ambev, Paulo Cunha, do Ultra. Cada um deu uma explicação, mas é fato que muitos deles trocaram telefonemas e concluíram que o melhor era não se expor à "patrulha ideológica" do PSDB de José Serra.
 
Quem foi? O economista Paulo Leme, do banco Goldman Sachs, atendeu ao convite de Luis Favre, namorado da prefeita Marta Suplicy, e veio de NY só para o jantar. Estavam lá Fernando Xavier, da Telefônica, Nildo Masini, da Fiesp, Paulo Skaf, da Abit, Israel Vainboin, do Unibanco, Benjamin Steinbruch, da CSN, Daniel Feffer, do grupo Suzano, Walter Appel, do banco Fator, Ivoncy Ioschpe (eleitor de Serra) e, claro, Eugênio Staub, da Gradiente, um dos primeiros a "lular". "A patrulha anda horrível", reclamava Staub, agradecendo a presença dos amigos.
 
Hebe Camargo faltou, mas Zezé di Camargo apareceu. Estavam lá o livreiro Pedro Corrêa do Lago e o decorador Jorge Elias. A presença inusitada ficou por conta de Bya Barros, recém-separada de Carlos Jereissati.
 
Lula chegou às 22h40 (com duas horas de atraso). "Ai, graças a Deus", exclamou a anfitriã Eleonora. "Presidente!", festejou Ivo Rosset. Lula foi engolido por uma pequena multidão. "Presidente, sou Carlos Tilkian, da Brinquedos Estrela", apresentou-se, por exemplo, Tilkian.
 
Que vinho tomaram? O italiano tinto Mandra Rossa, safra 2000, politicamente corretíssimo, pois não é dos mais caros; e o italiano branco Gini. E Prosecco Ruggeri. Tudo foi servido em taças com estrelinhas do PT.
 
E as roupas? Eleonora estava bela, de saia e jaqueta vermelhas em tafetá. Nas orelhas, brincos de rubi. Carolina Steinbruch também escolheu o vermelho; fez bonito Elizabeth, mulher de Luiz Gushiken, de terninho branco, e Marisa, mulher de Lula, num discreto tailleur preto, com colar de pedras brasileiras azuis. Tania Wagner, da Éclat, usava smoking branco. Marta optou pelo estilo exuberante, com blusa vermelha de babados.
 
O que se falou por lá? Um dos assuntos principais, é claro, foram as especulações quanto à equipe econômica. Carlos Mansur perguntou a Lula se ele indicaria a equipe por esses dias. Ouviu que não. "Vai parecer prepotência", dizia Zezé di Camargo. Gushiken garantia que nada será anunciado para evitar que os nomes da equipe de Lula sejam "queimados".
 
O discurso de Lula foi o ponto alto da festa, principalmente quando ele falou que "só se acontecer um efeito-bomba, como o atentado às torres de Nova York", ele não ganha as eleições.
 
O cardápio de Andrea Fasano e Patrícia Filardi foi atração à parte. Elas prepararam seis entradas (delícias como terrina de queijo de cabra e espinafre com molho de framboesa), sete pratos quentes (como tortelli de faisão, ravioli de vitela e ovaline de queijo brie e nozes) e dez opções de sobremesa. O bolo, em forma de estrela e cobertura vermelha, e os doces (vários em forma de estrelas) encheram os olhos de Marisa, mulher de Lula. "Que lindo!", exclamou.
 
Na saída, Ivo deu de presente a Lula charutos Monte Cristo. O petista, antes de ir embora, tirou foto com chapéu de cozinheiro ao lado dos garçons e cozinheiros.


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