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FILMES
Jogada de Mestre 2 -
Totalmente Radical
Globo, 15h40.
(Most Valuable Primate 2). Canadá/EUA,
2001, 99 min. Direção: Robert Vince. Com
Richard Karn, Cameron Bancroft. O
chimpanzé Jack é chamado a jogar na
liga de hóquei, mas alguém de bom
senso o afasta do time. Títulos longos,
idéias curtas.
Branca de Neve - Um Conto de
Fadas e de Terror
Record, 21h45.
(Snow White - A Tale of Terror). EUA,
1997, 110 min. Direção: Michael Cohn.
Com Sigourney Weaver, Sam Neill, Gil
Bellows. Os elementos da história de
terror estão lá: bruxa, maçã envenenada,
anões. O filme explora isso que o conto
de fadas deixa implícito.
Assassinos de Aluguel
Bandeirantes, 2h15.
(The Collectors). Canadá, 1990, 90 min.
Direção: Sidney J. Furie. Com Casper van
Dien, Rick Fox, Andreas Apergis.
Assassino de aluguel (Van Dien) em crise
existencial constata o vazio de sua
atividade e decide afastar-se. O
problema é que nem a polícia nem seus
empregadores são assim tão versados
em psicanálise para compreender o
problema íntimo do homem. Furie segue
sua escrita: muito pedantismo por nada.
Intercine
Globo, 1h45.
Os inéditos "Seduzidas para a Morte"
(1999, de Damian Harris, com Ellen
Barkin, Wendy Crewson) e "Tigerland - A
Caminho da Guerra" (2000, de Joel
Schumacher, com Colin Farrell)
disputam a preferência do espectador
pela exibição de sexta.
O Homem que Sabia Demais
Globo, 3h50.
(The Man who Knew Too Much). EUA,
1956, 120 min. Direção: Alfred Hitchcock.
Com James Stewart, Doris Day. De férias
no Marrocos, o médico provinciano
Stewart testemunha o assassinato de um
agente secreto. Os espiões seqüestram
seu filho para garantir que ficará em
silêncio. Um outro Hitchcock da grande
fase, este em torno da música (há Doris
Day, ex-cantora, e há a grande seqüência
com a orquestra) e também da oposição
entre arte popular e erudita.
(IA)
Lei da indústria cultural
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
É notável que a Globosat,
como há dias noticiou esta
Folha, esteja toda pronta
para vender os canais que
incluirá em sua grade graças à tecnologia digital.
Há canais de minissérie,
de filmes pornô, de "reality
show". OK. Também se esforçam para atrair a HBO
para essa grade. Notável estratégia, que busca estrangular a TV Abril.
Mas e nós outros, cinéfilos sem ações de uma ou
outra empresa, como pretendem nos convencer a assinar os novos serviços? A
HBO oferece, em linhas gerais, mais do mesmo. Nos
dois sistemas vigora a lei da
indústria cultural mais preguiçosa, mais óbvia, que
oferece um "Matrix Reloaded" (HBO, 14h30) ou "Anna e o Rei" (Telecine Emotion, 22h45).
O que prometem? Não-diversidade por preço
maior? É esperar para ver.
MÚSICA
Dupla Air celebra a efemeridade da arte
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO
Certos músicos disputam com
cineastas a arte de evocar imagens. Jarvis Cocker, do Pulp, por
exemplo, diz que finge estar em
um filme, na parte em que o mocinho se dá mal, quando sua vida
anda complicada.
Quem também busca refúgio
nesse mundo paralelo é a dupla
francesa Air, tema do "Planet
Rock Profiles", que mostra trechos de videoclipes e entrevista
com os músicos.
Criado em 1995, o duo lançou
"Moon Safari" (1998), disco que
lembra trilhas sonoras de filmes,
um marco dentro da renascença
musical francesa. Enquanto o país
ganhava a Copa do Mundo, a eletrônica local voltava a produzir
nomes relevantes. O Air, no entanto, olha para um passado de
tecnologia dos anos 60, celebrando o encontro retrô-futurista entre climas de Enio Morricone e
um imaginário kitsch.
É uma atmosfera onírica, em
que caminham virgens suicidas,
um garoto sexy, garotas que jogam pingue-pongue e surfistas de
foguetes, no que o integrante
Jean-Benoît Dunckel define como
uma tentativa de fazer design com
a música, "da mesma maneira
que se faz o design de um objeto".
Não demorou muito para que
as sugestões de imagens fossem
para as telas de cinema. Sofia
Coppola, por exemplo, convocou
a dupla para as trilha de seus "Virgens Suicidas" (1999) e "Encontros e Desencontros" (2003).
Mas, para Dunckel, o Air não é
atemporal, como público e crítica
insistem em dizer. O músico coloca-se, então, dentro de uma cápsula do tempo e imagina como será o cenário artístico daqui a centenas de anos.
A impermanência e a insignificância de nomes hoje considerados grandes e eternos superam
ilusões passageiras -citam até os
Beatles. "Ninguém vai permanecer; a arte é efêmera", diz Dunckel
no programa. Tudo é matéria-prima para um filme implacável,
ao final, com seus mocinhos.
PLANET ROCK PROFILES - AIR.
Quando: hoje (9h30); seg. (15h); ter. (9h);
dias 29 (20h) e 30 (16h), no Eurochannel.
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