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AfroReggae e Titãs agradam roqueiros
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
"Parabéns ao Rio, que é uma cidade única. Não existe divisão na
nossa cidade", disse o vocalista
LG, do grupo AfroReggae que
abriu a noite de música na praia
de Copacabana. O elogio à suposta harmonia da cidade ignorava a
física e visível separação entre
VIPs -com um espaço reservado bem em frente ao palco- e
pessoas "comuns" -muito mais
longe e bastante espremidas ao
longo da praia e nas ruas.
Mas quando preferiram a música aos discursos, os garotos do
AfroReggae, originários de Vigário Geral, se saíram melhor. A
banda entrou no palco -às
19h20, cerca de dez minutos antes
do horário previsto- com seu
som amparado na marcante percussão, misturando maracatu,
hip hop, samba e rock.
O repertório de seu curto show
(cerca de 35 minutos) teve canções do recém-lançado disco,
"Nenhum Motivo Explica a Guerra", como a faixa-título e "Quero
Só Você". Mas foi nas versões de
sucessos como "Imagine" (de
John Lennon) e "Que País É Esse?" (Legião Urbana) que o AfroReggae mexeu com o público.
O ponto de ligação com o show
seguinte, o dos Titãs, foi a homenagem a Raul Seixas -o AfroReggae abriu sua apresentação
com "Mosca na Sopa", enquanto
os veteranos tocaram "Aluga-se"
e cantaram o refrão de "Eu Nasci
Há 10 mil Anos Atrás".
Os Titãs enfrentaram problemas de som desde a abertura
-em que o microfone de Branco
Mello falhou durante "Flores".
Quando conseguiram tocar sem
problemas, os Titãs fizeram um
show de muito rock -principalmente pela postura no palco.
Controlando a multidão, que pareceu ter ficado satisfeita, a banda,
como disse Paulo Miklos, conseguiu mostrar que "o Brasil também é craque no rock and roll".
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