São Paulo, segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

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AfroReggae e Titãs agradam roqueiros

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

"Parabéns ao Rio, que é uma cidade única. Não existe divisão na nossa cidade", disse o vocalista LG, do grupo AfroReggae que abriu a noite de música na praia de Copacabana. O elogio à suposta harmonia da cidade ignorava a física e visível separação entre VIPs -com um espaço reservado bem em frente ao palco- e pessoas "comuns" -muito mais longe e bastante espremidas ao longo da praia e nas ruas.
Mas quando preferiram a música aos discursos, os garotos do AfroReggae, originários de Vigário Geral, se saíram melhor. A banda entrou no palco -às 19h20, cerca de dez minutos antes do horário previsto- com seu som amparado na marcante percussão, misturando maracatu, hip hop, samba e rock.
O repertório de seu curto show (cerca de 35 minutos) teve canções do recém-lançado disco, "Nenhum Motivo Explica a Guerra", como a faixa-título e "Quero Só Você". Mas foi nas versões de sucessos como "Imagine" (de John Lennon) e "Que País É Esse?" (Legião Urbana) que o AfroReggae mexeu com o público.
O ponto de ligação com o show seguinte, o dos Titãs, foi a homenagem a Raul Seixas -o AfroReggae abriu sua apresentação com "Mosca na Sopa", enquanto os veteranos tocaram "Aluga-se" e cantaram o refrão de "Eu Nasci Há 10 mil Anos Atrás".
Os Titãs enfrentaram problemas de som desde a abertura -em que o microfone de Branco Mello falhou durante "Flores". Quando conseguiram tocar sem problemas, os Titãs fizeram um show de muito rock -principalmente pela postura no palco. Controlando a multidão, que pareceu ter ficado satisfeita, a banda, como disse Paulo Miklos, conseguiu mostrar que "o Brasil também é craque no rock and roll".


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