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Selo apostou no rhythm and blues
Especial para a Folha
O termo "rhythm and blues"
ainda era muito pouco difundido,
quando Ahmet Ertegun e Herb
Abramson (um ex-diretor da National Records) fundaram a Atlantic, em outubro de 1947.
Gênero musical especialmente
híbrido, na época o rhythm and
blues misturava grupos vocais,
guitarristas blueseiros, big bands
de swing, grupos de jazz ou pianistas de boogie-woogie.
Ertegun e Abramson começaram gravando músicos mais afinados com o jazz, como o saxofonista Johnny Griffin ou o trompetista
e "band leader" Joe Morris.
O primeiro sucesso do selo demorou um ano. O estouro de
Sticks McGhee -um cantor e guitarrista do Tennesse, irmão do
bluesman Brownie McGhee- iluminou o caminho do R&B para os
dois sócios da Atlantic.
O time foi reforçado em 1953,
com a entrada de Jerry Wexler,
um repórter da "Billboard" com
um aguçado faro musical. Pouco
depois, Nesuhi Ertegun chegou
para assumir a área de jazz.
Em meados dos anos 50, a Atlantic já tinha se transformado no
mais importante selo de R&B, suplantada apenas pela inovadora
Motown, na década seguinte.
Mesmo assim, a abertura para o
rock e o pop, nos anos 60, transformaram-na em uma das maiores gravadoras independentes de
todos os tempos. Uma proeza que
se deve em grande parte à simpatia
e ao gosto musical de Ahmet Ertegun, um executivo do disco sofisticado como poucos.
(CC)
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