São Paulo, sexta, 20 de fevereiro de 1998

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Selo apostou no rhythm and blues

Especial para a Folha

O termo "rhythm and blues" ainda era muito pouco difundido, quando Ahmet Ertegun e Herb Abramson (um ex-diretor da National Records) fundaram a Atlantic, em outubro de 1947.
Gênero musical especialmente híbrido, na época o rhythm and blues misturava grupos vocais, guitarristas blueseiros, big bands de swing, grupos de jazz ou pianistas de boogie-woogie.
Ertegun e Abramson começaram gravando músicos mais afinados com o jazz, como o saxofonista Johnny Griffin ou o trompetista e "band leader" Joe Morris.
O primeiro sucesso do selo demorou um ano. O estouro de Sticks McGhee -um cantor e guitarrista do Tennesse, irmão do bluesman Brownie McGhee- iluminou o caminho do R&B para os dois sócios da Atlantic.
O time foi reforçado em 1953, com a entrada de Jerry Wexler, um repórter da "Billboard" com um aguçado faro musical. Pouco depois, Nesuhi Ertegun chegou para assumir a área de jazz.
Em meados dos anos 50, a Atlantic já tinha se transformado no mais importante selo de R&B, suplantada apenas pela inovadora Motown, na década seguinte.
Mesmo assim, a abertura para o rock e o pop, nos anos 60, transformaram-na em uma das maiores gravadoras independentes de todos os tempos. Uma proeza que se deve em grande parte à simpatia e ao gosto musical de Ahmet Ertegun, um executivo do disco sofisticado como poucos. (CC)



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