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ARTES PLÁSTICAS
Galerista rompe com Joel Edelstein e assume galeria
"Falta de química" acabou com
sociedade, diz Thomas Cohn
da Reportagem Local
"Falta de química". Foi essa a razão anunciada ontem pelo galerista Thomas Cohn para a dissolução
de sua sociedade com Joel Edelstein, que havia gerado, em setembro do ano passado, a inauguração da galeria Cohn Edelstein em
São Paulo.
Já Edelstein preferiu não se manifestar sobre o rompimento da
sociedade. "Não tenho nada a dizer sobre isso agora. Meu advogado está tratando disso, mas ele não
tem nada a dizer ainda sobre o assunto."
Com a dissolução, Edelstein volta a concentrar atividades em sua
galeria carioca, e Cohn se transfere
definitivamente para São Paulo.
"Ainda existem fatores pendentes,
mas é provável que eu feche a galeria no Rio", disse Thomas Cohn.
Mas o galerista não fica sozinho
em São Paulo. Mantém-se na sociedade o empresário carioca Oscar Cruz e Myriam Cohn.
Thomas Cohn justifica sua
transferência com base no movimento do mercado paulistano.
"Desde que inauguramos a sociedade, em setembro, 95% das vendas aconteceram aqui e 5% no Rio.
Havíamos feito um cálculo conservador sobre São Paulo", disse
Cohn.
"O movimento do nosso primeiro mês de funcionamento excedeu
cinco vezes o esperado", comentou Oscar Cruz.
A programação da nova galeria
começa em 17 de março com mostras de obras do artista argentino
Manuel Esnoz e do fotógrafo inglês Edward Muybridge
(1830-1904), que é conhecido por
ser um dos pioneiros da fotografia
de movimento. A exposição será
acompanhada por uma trilha sonora com a composição "O Fotógrafo", de Phillip Glass, que se baseou em um episódio de crime
passional da vida de Muybridge.
A mostra evidencia o interesse
que Cohn tem em uma programação direcionada à fotografia. Já estão previstas mostras fotográficas
do alemão Wim Wenders, do venezuelano Apostol e da cubana
Marta Maria Perez Bravo.
A programação evidencia ainda
o interesse de Cohn pelo mercado
latino-americano. Em outubro e
novembro, meses de Bienal, estará
apresentando trabalhos do argentino Julian Trigo, do cubano José
Bedia e do peruano Moico Yaker,
que representará seu país na Bienal de São Paulo. Nesses dois meses, o Brasil comparece com Marta
Strambi.
(CF)
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