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Intervenção discute política, amor e morte
DO ENVIADO A CURITIBA
O público é convidado a levar
um objeto do seu cotidiano. A
interação não é física.
Acontece na segunda parte,
quando esse "bolo" de objetos
servirá para discutir as relações
políticas entre Oriente e Ocidente a partir de um catálogo de embalagens japonesas. "Titânio",
uma produção curitibana, não é
um peça de teatro, é uma intervenção que se propõe a ser diferente a cada dia, lembra o diretor
Fernando Kinas. "Simples como
um bom-dia", afirma.
A primeira parte se debruça
sobre amor e morte segundo
poemas da escritora inglesa Elizabeth Bishop e da brasileira
Hilda Hilst. Na terceira parte, está a base dos trabalhos de Kinas,
que gosta de provocar com a
desconstrução das linguagens
cênica e dramatúrgica, muitas
vezes em chave de metalinguagem, como em "Carta Aberta"
(1998), não-representação de
"Carta ao Diretor do Teatro", do
diretor francês Denis Guénoun.
"Titânio" fecha com frases sobre a história da arte do teatro,
"história do mistério mundano
do teatro", como diz Kinas.
A intervenção traz dois atores
contracenando pela primeira
vez, e Simone Spoladore e Lori
Santos. Ambos já foram dirigidos por Kinas: Santos em "Carta
Aberta" e "Osmo" (2000); Spoladore em "R" (1997) e "Tudo que
Você Sabia Está Errado" (2001).
"É um processo de criação
mais livre, diria até em forma de
entropia [medida da quantidade
de desordem dum sistema]",
afirma o assistente de direção
Fábio Salvatii, 23. "Titânio" reveza o cartaz do teatro Novelas
Curitibanas até o dia 26/3 (seis
apresentações).
(VS)
A fotógrafa Lenise Pinheiro, o jornalista Valmir Santos e o crítico Sergio
Salvia Coelho viajaram a convite da
organização do FTC
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