São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 2005

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Cantora causa furor e é dona de hino do Coachella

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

Você pega o principal festival do mundo no primeiro semestre (o Coachella 2005), com cerca de cem atrações de todos os tamanhos (de New Order a Marky), e nota que o hino do evento é um funk carioca, cantado por uma exótica rapper morena do Sri Lanka. Não é fácil perceber: aí tem coisa.
M.I.A. botou fogo no Coachella com seu electroraggacandomblé, seu requebrado duro, suas músicas dançantes e suas letras de guerrilha.
No pré-festival, era o conselho mais dado: não perca o show da M.I.A., no começo da tarde de domingo, no terceiro palco mais importante do festival. E a tenda encheu, de uma platéia curiosa e levada pelos conselhos, que no começo apenas fez olhar. E com M.I.A. à frente, o DJ Diplo atrás e uma backing vocal poposuda ao lado, o show virou um bailão.
Principalmente quando ela mandou "Bucky Done Gun", o tal hino instantâneo do Coachella, que tem trechos do funk "Engessão", do DJ Marlboro. Horas depois e duas tendas longe, "Bucky Done Gun" representava o momento alto da discotecagem de Miss Kittin.
Quando M.I.A. encerrou sua apresentação, aconteceu o inusitado em eventos do porte do festival californiano. A rapper cingalesa foi trazida de volta ao palco graças aos berros do público, que queria bis quando bis para uma atração de meio de lista nunca acontece. Com o palco já sendo preparado para a próxima atração, os organizadores resolveram deixar M.I.A. voltar para mais duas músicas. No backstage, assustada, ela era cercada por fotógrafos.
Nasce uma estrela. M.I.A. é o furor.


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