São Paulo, Quinta-feira, 20 de Maio de 1999
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Publicitário teme decadência

da Reportagem Local

Diretor comercial da agência DPZ, o publicitário Daniel Barbará é contra anúncios na TV Cultura.
"Como publicitário sou sempre a favor do comercial, mas é preciso preservar algumas coisas", explica.
Barbará teme que a propaganda afete a programação da TV Cultura. "O mercado comercial não funciona na mesma lógica da programação da Cultura. Buscar esse mercado é fazer pacto com o diabo. Ou você tem audiência ou está morto. E, quando se busca audiência, há uma tendência de queda na qualidade da programação", diz.
O publicitário critica o fato de o governo querer transferir para a iniciativa privada o financiamento da TV Cultura. "Eu acho que a publicidade na Cultura não é uma solução, mas um arremedo. O ideal seria a independência da programação com amparo do Estado"
Para Ronaldo Gasperini, vice-presidente de operações da W/ Brasil, a publicidade na TV Cultura foi uma "das melhores notícias dos últimos tempos". "A programação da TV Cultura repercute e há interesse de anunciantes."
Segundo o publicitário, "o custo dos anúncios na TV Cultura é relativamente barato".
O mercado usa uma medida que é o custo por mil, ou seja, quanto cada inserção custa por mil telespectadores.
Nessa comparação, a tabela de preços da Cultura, cuja audiência não passa de 5 pontos no Ibope, é mais cara do que a da Globo e da Record, mas é mais barata que a da CNT/Gazeta e Bandeirantes. (DC)



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