São Paulo, domingo, 20 de julho de 2008

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Beuys e Klein estão entre os expoentes

DA REPORTAGEM LOCAL

Há divergências sobre as origens da performance como manifestação artística: poderia ter surgido com os dadaístas no início do século 20 ou com ações contra o mercado da arte nos Estados Unidos e na Europa nos anos 60. O fato é que artistas como Yves Klein, Joseph Beuys, Flavio de Carvalho, Hélio Oiticica e Lygia Clark já foram ligados ao suporte.
Em 1931, Flavio de Carvalho desafiou uma procissão de Corpus Christi na rua em São Paulo e encarou uma multidão enfurecida. Correu para casa e pintou um quadro, em que tentou retratar as emoções do momento. Ninguém entendeu, mas foi a primeira performance na arte brasileira.
Mais de 30 anos depois, Wesley Duke Lee daria continuação à história com seu happening no João Sebastian Bar, em que convidou o público a ver sua série "Ligas" no escuro, lanternas em punho. Sua namorada simulou um strip-tease e bolhas de sabão flutuavam no ar.
Fora do país, uma hipótese é que a performance teria começado no início do século 20, quando artistas como Tristan Tzara, autor do manifesto dadaísta, liam poesias num café, em Zurique.
Mas a modalidade só ganhou expressão como gênero nos anos 60, com nomes como: Yves Klein, que pintou um manequim de azul e o fez rolar sobre uma tela em branco, numa paródia da arte representativa; Chris Burden, famoso pela performance em que pediu a um amigo que lhe desse um tiro no braço; e Joseph Beuys, que já se trancou numa galeria com um coiote e tentou ensinar arte contemporânea a uma lebre morta.
Nos anos 70, os britânicos Gilbert & George cunharam o termo "escultura viva", quando se apresentaram cantando, pintados de dourado. Naquela década, no Brasil, Hélio Oiticica e Lygia Clark ficaram conhecidos por sua arte participativa. (SM)


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