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MacDonald se inspira em Libertines
DA REPORTAGEM LOCAL
Kate Nash em primeiro, Amy
MacDonald em segundo.
Aos 20 anos, Nash teve seu
primeiro disco, "Made of
Bricks", liderando a parada britânica na semana de lançamento. Aos 19 anos, o primeiro disco de MacDonald, "This Is the
Life", foi o segundo mais vendido ao ser lançado, em 30/7.
MacDonald é tão jovem
quanto Nash, mas pertence a
outro universo pop. Suas músicas são baseadas principalmente em voz e violão, um folk pop
que, para muitos críticos, é careta e conservador. É comparada
a Sinéad O'Connor e KT Tunstall e recentemente recebeu
elogios de Elton John.
Nascida em Glasgow, ela
aprendeu a tocar violão aos 12
anos, após ouvir "The Man
Who", o segundo disco da banda de pop meloso Travis. Uma
outra influência foi a banda Libertines -o ex-astro do grupo,
Pete Doherty, serviu de tema
para a faixa "Poison Prince",
que está em "This Is the Life".
"As músicas que eu escutava
não soam como o que eu faço
agora", ela falou ao jornal "Independent". "As minhas letras
é que foram influenciadas pelo
indie rock que me inspirava."
Da Austrália à Jamaica
M.I.A. não é tão nova como
Kate Nash ou Amy MacDonald.
Em 2005, seu primeiro álbum,
"Arular", ganhou elogios em toda a parte e a trouxe ao Brasil, como atração do Tim Festival.
Com "Kala", disco que sai hoje na Europa, M.I.A. aprofunda
e amplifica as influências ouvidas em "Arular". Electro, ragga,
funk carioca, música indiana,
hip hop... Finalmente o termo
"world music" pode ser usado
sem parecer ridículo. "Meu objetivo era ir à Índia, usar seus
instrumentos e não soar indiano", ela diz à revista "Notion".
A mãe de Maya Arulpragasam vive na Índia, enquanto
seu pai, com quem ela não tem
contato, lutava no grupo guerrilheiro Exército de Libertação
dos Tigres do Tamil Eelam, no
Sri Lanka. Durante a gestação
de "Kala", M.I.A. tentou gravar
algumas partes nos EUA -teve
o visto de entrada negado.
Ao lado da mãe, M.I.A. cresceu entre o Sri Lanka e a Inglaterra. "Arular" foi produzido
quase totalmente em Londres,
e trazia certo predomínio de
questões políticas nas letras. Já
"Kala" foi realizado a partir de
viagens de M.I.A. à Austrália,
África, Jamaica e Índia. E faixas, como "Bird Flu", Boyz",
"Jimmy" e "XR2" refletem essa
peregrinação.
Ainda à "Notion", ela conta:
"Em "Arular", eu estava gratificada apenas por ter um contrato com uma gravadora e ter a
chance de cantar minhas letras.
Eu chamava um monte de produtores e não estava nem aí.
Agora eu quis focar mais na
produção [das batidas]".
"Kala" não tem previsão de
lançamento no Brasil.
(TN)
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