São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

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MacDonald se inspira em Libertines

DA REPORTAGEM LOCAL

Kate Nash em primeiro, Amy MacDonald em segundo.
Aos 20 anos, Nash teve seu primeiro disco, "Made of Bricks", liderando a parada britânica na semana de lançamento. Aos 19 anos, o primeiro disco de MacDonald, "This Is the Life", foi o segundo mais vendido ao ser lançado, em 30/7.
MacDonald é tão jovem quanto Nash, mas pertence a outro universo pop. Suas músicas são baseadas principalmente em voz e violão, um folk pop que, para muitos críticos, é careta e conservador. É comparada a Sinéad O'Connor e KT Tunstall e recentemente recebeu elogios de Elton John.
Nascida em Glasgow, ela aprendeu a tocar violão aos 12 anos, após ouvir "The Man Who", o segundo disco da banda de pop meloso Travis. Uma outra influência foi a banda Libertines -o ex-astro do grupo, Pete Doherty, serviu de tema para a faixa "Poison Prince", que está em "This Is the Life".
"As músicas que eu escutava não soam como o que eu faço agora", ela falou ao jornal "Independent". "As minhas letras é que foram influenciadas pelo indie rock que me inspirava."

Da Austrália à Jamaica
M.I.A. não é tão nova como Kate Nash ou Amy MacDonald. Em 2005, seu primeiro álbum, "Arular", ganhou elogios em toda a parte e a trouxe ao Brasil, como atração do Tim Festival.
Com "Kala", disco que sai hoje na Europa, M.I.A. aprofunda e amplifica as influências ouvidas em "Arular". Electro, ragga, funk carioca, música indiana, hip hop... Finalmente o termo "world music" pode ser usado sem parecer ridículo. "Meu objetivo era ir à Índia, usar seus instrumentos e não soar indiano", ela diz à revista "Notion".
A mãe de Maya Arulpragasam vive na Índia, enquanto seu pai, com quem ela não tem contato, lutava no grupo guerrilheiro Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam, no Sri Lanka. Durante a gestação de "Kala", M.I.A. tentou gravar algumas partes nos EUA -teve o visto de entrada negado.
Ao lado da mãe, M.I.A. cresceu entre o Sri Lanka e a Inglaterra. "Arular" foi produzido quase totalmente em Londres, e trazia certo predomínio de questões políticas nas letras. Já "Kala" foi realizado a partir de viagens de M.I.A. à Austrália, África, Jamaica e Índia. E faixas, como "Bird Flu", Boyz", "Jimmy" e "XR2" refletem essa peregrinação.
Ainda à "Notion", ela conta: "Em "Arular", eu estava gratificada apenas por ter um contrato com uma gravadora e ter a chance de cantar minhas letras. Eu chamava um monte de produtores e não estava nem aí. Agora eu quis focar mais na produção [das batidas]".
"Kala" não tem previsão de lançamento no Brasil. (TN)


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