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Crítica
Grupo consegue unir o melhor de dois mundos
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL
O
trio Little Joy faz a alegria de todo mundo. O
disco tem músicas em
português que vão fazer os órfãos do Los Hermanos pararem
de chorar. Tem rocks que lembram os melhores momentos
do Strokes. Para quem odeia as
duas bandas, tem canções alegres que vão em outra direção,
de toque latino, daquelas boas
de ouvir na praia em dia de sol.
E, para quem é deprimido, tem
uns momentos bem tristes.
Mas o Little Joy não é daquelas bandas que, de tanto tentar
agradar a todos, só irrita.
"The Next Time Around" é
bom exemplo da química da
banda. Rodrigo Amarante canta daquele jeito anasalado e
preguiçoso típico de Julian Casablancas, do Strokes; Fabrizio
Moretti, por sua vez, continua
com aquela bateria falsamente
tímida, contida, que parece de
brinquedo. É, no entanto, nas
guitarras que remetem ao imaginário havaiano e no vocal doce de Binki Shapiro e seus
"tchu-ru-rus" que o Little Joy
ganha forte identidade.
Do nome que sugere uma
"diversãozinha" ao clima alto
astral que percorre a maior parte do disco, o grupo comprova
que espontaneidade e despretensão só fazem bem à música.
Se o Little Joy continuar bem
assim, os fãs do Los Hermanos
devem realmente se conformar
com o "hiato" da banda.
LITTLE JOY
Artista: Little Joy
Lançamento: Rough Trade (importado; US$ 10,99; cerca de R$ 25, em
www.amazon.com, mais taxas)
Onde ouvir: www.myspace.com/littlejoymusic
Avaliação: bom
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