São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008

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Crítica

Grupo consegue unir o melhor de dois mundos

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL

O trio Little Joy faz a alegria de todo mundo. O disco tem músicas em português que vão fazer os órfãos do Los Hermanos pararem de chorar. Tem rocks que lembram os melhores momentos do Strokes. Para quem odeia as duas bandas, tem canções alegres que vão em outra direção, de toque latino, daquelas boas de ouvir na praia em dia de sol.
E, para quem é deprimido, tem uns momentos bem tristes.
Mas o Little Joy não é daquelas bandas que, de tanto tentar agradar a todos, só irrita.
"The Next Time Around" é bom exemplo da química da banda. Rodrigo Amarante canta daquele jeito anasalado e preguiçoso típico de Julian Casablancas, do Strokes; Fabrizio Moretti, por sua vez, continua com aquela bateria falsamente tímida, contida, que parece de brinquedo. É, no entanto, nas guitarras que remetem ao imaginário havaiano e no vocal doce de Binki Shapiro e seus "tchu-ru-rus" que o Little Joy ganha forte identidade.
Do nome que sugere uma "diversãozinha" ao clima alto astral que percorre a maior parte do disco, o grupo comprova que espontaneidade e despretensão só fazem bem à música.
Se o Little Joy continuar bem assim, os fãs do Los Hermanos devem realmente se conformar com o "hiato" da banda.

LITTLE JOY
Artista: Little Joy
Lançamento: Rough Trade (importado; US$ 10,99; cerca de R$ 25, em www.amazon.com, mais taxas)
Onde ouvir: www.myspace.com/littlejoymusic
Avaliação: bom



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