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Novo Cultura Artística custará R$ 75 milhões
Projeto prevê ampliação da fachada e construção de sala única para receber shows e óperas
Início da captação de recursos para a obra depende de aprovação do Ministério de Cultura; limite para conclusão é 2012
LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL
O Teatro Cultura Artística,
no centro de São Paulo, destruído em agosto deste ano por
um incêndio, será reconstruído
até 2012 ao custo estimado de
R$ 75 milhões.
A Sociedade de Cultura Artística, mantenedora da sala,
aguarda a aprovação do projeto
pelo Ministério da Cultura para
iniciar a captação de recursos
via Lei Rouanet. Depois de iniciada, a obra levará dois anos.
Croquis e detalhes do novo
espaço foram apresentados ontem. Uma única sala de 1.406
lugares substituirá as duas que
havia no antigo Cultura Artística (de 1.156 e 333 lugares).
Além da platéia principal, haverá dois níveis de balcões; em cada lateral, serão erguidos nove
camarotes.
O palco terá 14m de profundidade e 25m de largura, dimensões compatíveis com espetáculos de dança, óperas,
musicais (com orquestra no
fosso, se necessário), peças teatrais e shows de MPB e jazz.
O foyer, mais espaçoso do
que o original, ficará embaixo
da platéia. Outros pequenos foyers, que poderão ser fechados
para recepções particulares, serão construídos nos outros níveis do auditório.
Fachada aumenta
A fachada do teatro, onde está o mosaico de Di Cavalcanti
(de 48m de largura por 8m de
largura) que não foi atingido
pelo fogo, passará dos atuais
15m de altura para 32,7m. A
área total ocupada pelo prédio
também será ampliada: de
4.525 m2 para 10.500m2.
Nos bastidores, haverá 12 camarins, ambulatório e salas de
ginástica e aquecimento para
os artistas. Ali também ficarão
os escritórios da produção visitante e do gerente de palco,
além dos vestiários dos funcionários e técnicos do teatro.
As obras serão divididas em
três fases: restauro da fachada
(R$ 1,3 milhão), levantamento
da estrutura do edifício (R$ 30
milhões) e construção do "miolo" interior (valor restante).
Financiamento da obra
Além dos recursos obtidos
junto à iniciativa privada (advindos de renúncia fiscal), o superintendente da Sociedade de
Cultura Artística, Gérald Perret, disse que buscará apoio do
poder público e doações de pessoas físicas. A própria Sociedade de Cultura Artística também
fará um aporte, cujo valor não
foi informado.
Outra fonte de recursos para
a Sociedade será o Espaço Promon (antiga sala São Luiz, na
zona sul de São Paulo), que passa às mãos da instituição no início do ano que vem.
O espaço receberá concertos
de câmara, peças e eventos corporativos. A idéia é que a sua
programação siga a linha daquela que se costumava ver na
sala Rubens Sverner, a menor
do Cultura pré-incêndio.
Em 2009, a temporada de
concertos da Sociedade será
realizada na Sala São Paulo. A
abertura, em abril, é com a Orchestre des Champs-Elysées.
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