São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 2008

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Novo Cultura Artística custará R$ 75 milhões

Projeto prevê ampliação da fachada e construção de sala única para receber shows e óperas

Início da captação de recursos para a obra depende de aprovação do Ministério de Cultura; limite para conclusão é 2012

LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O Teatro Cultura Artística, no centro de São Paulo, destruído em agosto deste ano por um incêndio, será reconstruído até 2012 ao custo estimado de R$ 75 milhões.
A Sociedade de Cultura Artística, mantenedora da sala, aguarda a aprovação do projeto pelo Ministério da Cultura para iniciar a captação de recursos via Lei Rouanet. Depois de iniciada, a obra levará dois anos.
Croquis e detalhes do novo espaço foram apresentados ontem. Uma única sala de 1.406 lugares substituirá as duas que havia no antigo Cultura Artística (de 1.156 e 333 lugares). Além da platéia principal, haverá dois níveis de balcões; em cada lateral, serão erguidos nove camarotes.
O palco terá 14m de profundidade e 25m de largura, dimensões compatíveis com espetáculos de dança, óperas, musicais (com orquestra no fosso, se necessário), peças teatrais e shows de MPB e jazz.
O foyer, mais espaçoso do que o original, ficará embaixo da platéia. Outros pequenos foyers, que poderão ser fechados para recepções particulares, serão construídos nos outros níveis do auditório.

Fachada aumenta
A fachada do teatro, onde está o mosaico de Di Cavalcanti (de 48m de largura por 8m de largura) que não foi atingido pelo fogo, passará dos atuais 15m de altura para 32,7m. A área total ocupada pelo prédio também será ampliada: de 4.525 m2 para 10.500m2.
Nos bastidores, haverá 12 camarins, ambulatório e salas de ginástica e aquecimento para os artistas. Ali também ficarão os escritórios da produção visitante e do gerente de palco, além dos vestiários dos funcionários e técnicos do teatro.
As obras serão divididas em três fases: restauro da fachada (R$ 1,3 milhão), levantamento da estrutura do edifício (R$ 30 milhões) e construção do "miolo" interior (valor restante).

Financiamento da obra
Além dos recursos obtidos junto à iniciativa privada (advindos de renúncia fiscal), o superintendente da Sociedade de Cultura Artística, Gérald Perret, disse que buscará apoio do poder público e doações de pessoas físicas. A própria Sociedade de Cultura Artística também fará um aporte, cujo valor não foi informado.
Outra fonte de recursos para a Sociedade será o Espaço Promon (antiga sala São Luiz, na zona sul de São Paulo), que passa às mãos da instituição no início do ano que vem.
O espaço receberá concertos de câmara, peças e eventos corporativos. A idéia é que a sua programação siga a linha daquela que se costumava ver na sala Rubens Sverner, a menor do Cultura pré-incêndio.
Em 2009, a temporada de concertos da Sociedade será realizada na Sala São Paulo. A abertura, em abril, é com a Orchestre des Champs-Elysées.


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